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Verão

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Estiagem provoca perdas próximas de R$ 20 bilhões

Estimativa divulgada pela FecoAgro-RS considera projeção inicial de colheita feita pelo IBGE e índices de quebra já detectados por produtores

Lavouras de soja estão entre as mais prejudicadas pela falta de chuva no RS | Foto: Coagrisol / ASCOM / Divulgação / CP

As perdas do Valor Bruto da Produção (VBP) das culturas da soja e do milho provocadas pela estiagem podem ultrapassar R$ 19,77 bilhões no Rio Grande do Sul. A cifra corresponde aos recursos financeiros que os produtores deixarão de obter na comercialização dos dois grãos em razão da quebra de safra. A estimativa é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro-RS).

De acordo com o levantamento, o impacto negativo da estiagem chega a R$ 14,36 bilhões nas lavouras de soja e a R$ R$ 5,41 bilhões nas de milho. Segundo o economista da FecoAgro-RS, Tarcísio Minetto, a metodologia de cálculo baseou-se na primeira estimativa de produção do ciclo 2021/2022 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro, que era de 20,95 milhões de toneladas para a oleaginosa e 6,09 milhões de toneladas para o milho. A esses volumes, foi aplicado o percentual de perdas informado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) e pela FecoAgro-RS na semana passada, quando a quebra de safra estava em 59,2% no milho sequeiro, 13,5% no milho irrigado e 24% na cultura de soja.

O cálculo considerou os preços médios recebidos pelos produtores nos primeiros dias de janeiro deste ano, de R$ 171 para a saca de soja e R$ 90 para a de milho. “O impacto vai ser variável, pois não sabemos se o produtor fez vendas antecipadas e a que preço”, diz Minetto.

O economista explica que a estimativa de prejuízos ainda é parcial, pois não considera os efeitos em outras cadeias, como a de logística, e reflete a situação observada no momento do cálculo. “A perda é diária, hoje já é muito mais grave e, se a estiagem continuar se agravando, pode aumentar”, destaca.

COAGRISOL

Na área de atuação da Coagrisol, a situação das duas culturas é considerada preocupante. As lavouras de soja já indicam cerca de 50% de quebra e nas de milho, que estão em situação mais crítica, as perdas já chegam a 80%. “Esses números variam muito, podendo o mesmo município ter diferentes situações nas localidades do interior, como é o caso de Soledade”, diz o gerente comercial da cooperativa, Dalvo Arcari.
Segundo os dados da Coagrisol, Soledade e Mormaço são os municípios que apresentam os maiores prejuízos. Arcari observa que “alguns produtores que já destruíram suas lavouras concentram sua expectativa na chamada safrinha de soja”.

Patrícia Feiten