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Verão

Especial

Analista projeta aumento de até 7% no preço médio do leite em 2018

Especialistas recomendam mais esforço para melhoria da produtividade do rebanho

Estimativa desagrada produtores, já que queda de renda no setor foi de quase 20% no ano passado | Foto: Alina Souza
Nem tão bons quanto em 2016, nem tão ruins quanto em 2017. Os preços do litro de leite para 2018 devem registrar uma recuperação de 5% a 7% na média do ano. Esta é a projeção do agrônomo e CEO da AgriPoint, empresa de Piracicaba (SP) especialista em informação para o agronegócio, Marcelo de Carvalho, que palestrou nesta quarta-feira no 14º Fórum Estadual do Leite, na Expodireto Cotrijal. O primeiro semestre, segundo ele, terá crescimento de preço, por conta do aumento do consumo de lácteos pelos brasileiros, produção interna menor na comparação com o início do ano passado e importações reduzidas, graças aos preços internos baixos. “Todos os fatores que causaram cenário de crise em 2017 estão diminuindo”, analisou Carvalho.

Para o segundo semestre, Carvalho diz que é mais difícil fazer uma projeção, já que, historicamente, há elevação da oferta de leite. “Mas, se o consumo estiver indo bem, podemos ter uma aterrizagem suave nos preços, no segundo semestre”, estima. A projeção, no entanto, é “frustrante” na opinião do secretário-geral da Fetag/RS, Pedrinho Signori. “A estimativa de recuperação é muito baixa perto da queda da renda de quase 20% que o produtor de leite teve no ano passado”, disse Signori.

Na análise do consultor técnico em bovinocultura de leite em São Paulo, Renato Nogueira, antes de pensar em preço, o produtor tem que almejar a melhoria de produtividade de suas vacas. “O preço não determina resultado financeiro”, avisou. Nogueira defende que, independentemente do sistema de produção que o produtor irá optar – confinamento ou a pasto – ele deve buscar apoiar-se em assistência técnica e pensar no conforto dos animais para produzir mais.

“O produtor tem que fazer o básico, o simples, mas bem feito, prestando atenção nos detalhes”, recomendou. Durante o fórum, dois produtores – Augusto Hoffstaedter e Valdir Jacoby – relataram experiências em confinamento e em pastagens. Ambos conseguiram uma média diária de 34 litros por vaca em 2017 e, apesar da crise, obtiveram margem líquida de lucro de 19,1% e de 36%, respectivamente.

O pesquisador e consultor agropecuário, Wagner Beskow, alertou os produtores que grande parte da eficiência está ligada à dieta do plantel. Para ele, mais do que priorizar melhoria genética e sanidade animal, o produtor precisa oferecer ao rebanho alimento de qualidade, corrigir possíveis falhas no manejo no pastoreio, adubar bem suas pastagens, ter boa disponibilidade de água para os animais.