A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) é referência no desenvolvimento de aplicativos voltados à área rural no Estado e lançou um deles na feira: o C7 DAS Equídeos, que busca contribuir com os processos de gestão e manejo sanitário. Desde 2013, a Universidade desenvolve produtos que já ultrapassaram a marca de 100 mil downloads, quando disponibilizados gratuitamente nas lojas virtuais. O desenvolvimento fica por conta do projeto de extensão CR Campeiro, que busca levar tecnologia da informação para o campo. Outros três aplicativos estão prontos para serem lançados.
Maicon Luan Peruchi Da Rolt, estudante de engenharia agronômica da Instituto Federal Catarinense (IFC) de Santa Rosa do Sul (SC), visitou o estande da UFSM. Quando organizou a viagem para a Expodireto, ele já tinha planejado conhecer o espaço da universidade na Expodireto. Em um evento do curso, Da Rolt assistiu a uma palestra do professor Enio Giotto, coordenador do CR Campeiro da UFSM, e quis verificar se na feira haveria novidades em aplicativos para o campo. “A tecnologia nos ajuda a organizar a produção, aumentando a produtividade e automaticamente, a renda”, salienta. O estudante está decidindo quais aplicativos se encaixam na produção da família, que tem propriedade de 30 hectares no município de Jacinto Machado, também em Santa Catarina, onde cultiva banana e maracujá.
O professor do Departamento de Engenharia Rural (DER) da UFSM, Enio Giotto, coordenador do CR Campeiro, diz que a demanda aumenta cada vez mais e que os participantes do projeto estão atentos às avaliações dos aplicativos feitas pelos usuários. Ele acredita que as ferramentas trazem rapidez aos contatos dos produtores com a assistência técnica e manuais digitais, além de fornecer e organizar informações e fazer análises para o produtor. “Com isso, a tomada de decisões ocorre de uma forma acelerada”, afirma Giotto.
A Embrapa apresentou dois aplicativos na 18º Expodireto: Roda da Produção e Agritempo. André Fachini Minitti, analista da Embrapa Informática Agropecuária, explica que a unidade tem como objetivo levar tecnologia da informação ao campo. Ele acredita que cada vez ficará mais fácil desenvolver aplicativos. Também prevê que aquilo que a unidade faz hoje poderá ser feito no futuro pelas equipes de todas as unidades da Embrapa no Brasil. “A tendência é a criação de aplicativos menos pesados, com uma linguagem simples e com respostas diretas ao produtor”.
Minitti observa ainda que os aplicativos têm se direcionado cada vez mais para resolver problemas focados, de áreas específicas de produção.
Felipe Dorneles