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Verão

Especial

Bancos projetam crescimento de 20% a 75% na demanda por crédito rural

Desempenho das lavouras de verão e de outras feiras agrícolas sustenta o otimismo do setor, que prevê aumento da demanda por crédito durante a 20ª Expodireto

Os bancos que financiam a produção agropecuária estimam crescimento de 20% a 75% na demanda por crédito rural na 20ª edição da Expodireto Cotrijal em relação à feira passada. Perspectiva de boa safra, necessidade de renovação de maquinários no campo, produtores capitalizados e o desempenho de outras feiras do agronegócio neste ano explicam o otimismo. No entanto, as instituições financeiras reconhecem que a escassez de recursos no atual Plano Safra pode atrapalhar a concretização das metas. 

O gerente do Mercado Agronegócio do Banco do Brasil, Anderson Quevedo do Nascimento, diz não acreditar em falta de recursos durante a feira, em função do aporte adicional de R$ 791 milhões para o Plano Safra autorizado em fevereiro pelo BNDES, sendo R$ 470 milhões para o Moderfrota (linha para financiamento de máquinas agrícolas). As indústrias de máquinas solicitavam o aporte de mais R$ 3 bilhões. “Vamos amparar todos os clientes que nos procurarem”, afirma o gerente. Segundo Nascimento, o Banco do Brasil pretende emprestar pelo menos R$ 350 milhões nesta feira, um aumento de 75% na comparação com os R$ 200 milhões captados no evento anterior.

Além dos recursos a taxas diferenciadas, Nascimento informa que o banco dará ênfase aos consórcios que podem ser utilizados para aquisição de máquinas, de pivôs de irrigação, de equipamentos de energia fotovoltaica. “Nesta feira vamos focar muito no consórcio, que é um dos mais vantajosos produtos para os clientes”. O banco também fará minipalestras para apresentar um produto que permite a proteção da oscilação de preços das commodities.

O Banrisul projeta para esta Expodireto um crescimento de 20% em relação aos R$ 112 milhões emprestados no ano passado. O diretor de crédito do banco, Oberdan Celestino de Almeida, diz que, embora o Moderfrota seja o carro-chefe, há boas perspectivas de negócios envolvendo energia solar, que também poderá ser atendida por uma linha própria do Banrisul. Segundo Almeida, diante da restrição de crédito pelo Plano Safra, o banco tem buscado agilizar as documentações necessárias para liberação dos recursos. “Criamos um modelo que vai possibilitar ao produtor chegar na revenda e assinar o contrato lá mesmo, já que há uma lista de produtos com crédito pré-aprovado”, explica.

A escassez dos recursos subsidiados preocupa o diretor executivo da Central Sicredi Sul/Sudeste, Leandro Gindri de Lima. “Nosso papel é sempre estar ao lado do produtor e apostar no associado para o desenvolvimento do Estado, mas este cenário pode afetar os negócios”, prevê. De qualquer forma, Lima diz que o banco disponibilizará linhas com recursos próprios e a expectativa é ultrapassar os R$ 200 milhões em empréstimos na feira. Em 2018, foram liberados R$ 136 milhões. 

O BRDE também prevê um aumento de demanda na ordem de 20% em relação aos R$ 106 milhões liberados na Expodireto de 2018. O banco aposta em linhas de armazenagem e inovação, segundo o gerente de Planejamento da Agência do BRDE no Rio Grande do Sul, Alexander Leitzke. Já o Badesul, que repassou R$ 185 milhões em financiamentos na feira passada, informa que irá oferecer condições especiais nesta edição para fechamento de mais negócios. Uma delas é dispensar a taxa de análise nas operações captadas e protocoladas de 11 de fevereiro até 22 de março, período considerado de prospecção comercial para a feira. O Badesul, que tem cerca de 40% da carteira de financiamento em projetos do agronegócio, apoia a modernização das propriedades e também a ampliação da olivicultura no Rio Grande do Sul.

Correio do Povo