Irno Pretto, diretor técnico sindical da Ocergs, lembrou que a expectativa é de uma safra excelente, porém, como não se pode exceder a carga diária, que é de oito horas, mais duas horas extras, a colheita pode deixar de ter o ritmo adequado. “Enquanto a lavoura está seca, é preciso colher. E quando o agricultor quer entregar o grão, a cooperativa não pode estar fechada”, destacou. O ministro disse que se cumpre a legislação atual. Porém, o presidente da entidade, Vergilio Perius, explicou que se quer flexibilidade nos 60 dias de safra. “A compensação precisa se dar em períodos fora da safra, não na carga horária semanal, como é hoje”, sugeriu.
Durante a feira, a entidade iniciou a distribuição de um relatório que aponta como é a lei atual e o que é proposto em um projeto que tramita na Câmara dos Deputados. O material também será enviado para todas as cooperativas do Estado. “Neste evento queríamos trazer o ministro para perto das cooperativas”, destacou Pretto. “Após a leitura do relatório, cada um poderá pautar suas reivindicações. Queremos ser ouvidos e queremos participar”, complementou.
Com as respostas que receber dos associados, a Ocergs deve sistematizar os pedidos que vai formalizar junto ao Ministério e deputados. Nogueira diz que a reforma busca uma pacificação entre empregado e empregador. O ministro entende que o empregado precisa participar do capital da empresa e que os acordos coletivos devem ser cumpridos, trazendo segurança jurídica para os dois lados. “Com a reforma queremos reduzir em 60% os processos trabalhistas”, adianta o ministro.
Correio do Povo