A segunda-feira começou ventosa e nublada no Parque Assis Brasil, onde ocorre Expointer Digital 2020. Com o passar do dia, o sol apareceu, mas a temperatura se manteve amena. Em anos anteriores, uma segunda-feira assim seria bastante concorrida e movimentada. Mas, devido à pandemia de Covid-19, apenas alguns expositores, criadores e funcionários frequentam pessoalmente esta edição. Mesmo assim, o público esparso causa estranhamento a quem convive com a Expointer há anos.
“Eu nem sei quem é o nosso público. Nunca imaginei algo assim”, conta Velocino Adams, 46 anos, dono da Santa Fé Carnes, que era para ser apenas um açougue dentro do Parque Assis Brasil, mas acabou integrando serviços de mercearia para tentar agregar valor ao negócio. “Vendo de cacetinho à camisinha para bomba de chimarrão. Mas carne está ainda fraco", avalia. Ele acredita que o fato de ter um público formado mais por criadores acaba dificultando a venda de carne. “Muitos trazem a própria carne para eles e os peões. Mas esperamos que isso acabe e no final da semana consigamos vender mais”, afirma o empreendedor que atua há 10 anos na Expointer.
O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, afirma que a edição digital da Expointer está tendo uma boa resposta nestes primeiros dias, especialmente em atividades como o drive-thru da Agricultura Familiar. Mas ele espera que o evento frutifique em novos negócios. “Nosso grande objetivo é aproximar quem quer comprar de quem quer vender. Com isso, vamos ter resultados na feira, mas também muitos outros depois”, conclui.
Gabriel Guedes