Representantes do Fórum Nacional de Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) reuniram-se nesta quarta-feira (8) durante a 44a Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, para discutir as ações de controle da Região Sul após a obtenção do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). O debate teve a participação do coordenador-geral de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jorge Caetano.
O estado de Santa Catarina foi pioneiro na certificação internacional, mas o Rio Grande do Sul e o Paraná só ganharam o reconhecimento da OIE em maio deste ano. Em sua apresentação, Caetano destacou que a manutenção desse status sanitário é tão importante quanto sua conquista. “Sempre que se alcança uma condição desse tipo, há um natural relaxamento”, disse o representante do Mapa, lembrando que, em 2000 e 2001, o Rio Grande do Sul enfrentou o retorno da aftosa após ter suspendido a vacinação contra a doença. “A retirada da vacina abre muitas perspectivas no campo econômico, mas precisa ser acompanhada por uma mudança de comportamento do serviço sanitário dos estados envolvidos. Você tem de focar muito mais em vigilância do que na execução de campanhas de vacinação. É um desafio grande para os serviços e o próprio Mapa”, afirmou.
Além do representante do Mapa, participaram da reunião o secretário de Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Altair Silva; o presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Plínio de Castro; o diretor de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias; a diretora do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Rosane Collares; e a superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, Helena Rugeri.
Patrícia Feiten