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Verão

Especial

RS tem desafio de manter classificação como zona livre de aftosa sem vacinação

Tema foi debatido durante XVI Jornada NESPro e V Simpósio Internacional sobre Sistemas de Produção de Bovinos de Corte na 44ª Expointer

Painel online tratou do tema na Expointer | Foto: Reprodução / CP

O Rio Grande do Sul foi classificado, neste ano, como uma zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O reconhecimento, que pode indicar novos investimentos e uma maior gama de países exportadores, teve desafios futuros e responsabilidades analisadas, nesta quarta-feira, no primeiro dia da XVI Jornada NESPro e V Simpósio Internacional sobre Sistemas de Produção de Bovinos de Corte, durante 44ª Expointer.

Abrindo o evento, o painel "Oportunidades e desafios, no cenário nacional e internacional, frente ao novo status sanitário do RS" tratou de explicar a importância do status sanitário obtido pelo Estado e o legado no médio-prazo. "Já existem empresas que querem investir no RS a partir do avanço do estado sanitário. Estamos diante da decisão mais importante da pecuária gaúcha dos últimos 30 anos. Avanço sanitário é sempre sinal de desenvolvimento", afirmou o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia. 

No entanto, o presidente da Febrac reitera a necessidade de que investimentos sigam sendo feitos para que essa classificação se mantenha. "A responsabilidade é do poder público, que tem que manter o estado sanitário. Produtores e entidades também têm, mas a maioria responsabilidade é do Estado em seus três níveis. Foram feitos investimentos para chegarmos a esse novo status. Agora, precisamos seguir com isso de maneira permanente", explicou. 

A saída da nova classificação, ainda não provocou reações nas exportações no curto prazo, de acordo com o presidente da Farsul, Gedeão Silveira. Segundo ele, isso se dá, principalmente, pois os negócios são feitos em sua maioria com a China - maior exportadora de carne do RS - e que não faz essa distinção. "Nossa responsabilidade é grande perante principalmente os mercados asiáticos. Esse avanço, sem a aftosa, nos permite ampliar para outros destinos. Estamos trabalhando o mercado do Japão, com a ministra Tereza Cristina", garantiu. "Um país que se apresenta assim para o mundo, está mostrando seriedade com o que faz. Isso é o que o mercado internacional exige (...) Temos empresas que já indicaram investimentos nesse sentido. Estamos muito na palavra ainda, é verdade, mas isso vem acontecendo", disse.

Ex-vice-presidente da Farsul, José Roberto Pires Weber, também participou do debate do tema e apresentou um ponto de visto divergente dos colegas de bancada. Na sua avaliação, a retirada da vacinação não deve representar vantagens e o principal desafio é que a aftosa não reapareça com a queda da proteção. "Nunca deixamos de vender por vacinarmos e existem exemplos, como o Uruguai, que vacina e as exportações seguem as mesmas", declarou. "O Uruguai e a Argentina exportam carne para onde quiser e com vacina. Eles querem segurança, coisa que deixamos de ter", lamentou. 

O primeiro dia a XVI Jornada NESPro e V Simpósio Internacional sobre Sistemas de Produção de Bovinos de Corte contou também com a participação do ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Fernando Mattos. "É o momento de olhar para o mundo novo, das inovações. O agro nunca para", salientou o pró-reitor de pós-graduação da UFRGS e coordenador do NESPro, Júlio Barcellos. 

A noite também contou com o painel "Experiências e estratégias de zonas livres de aftosa sem vacinação", que tratou dos exemplos estaduais com status sanitário semelhantes aos do RS, como Paraná e Santa Catarina. Na quinta-feira, a Jornada prossegue com novas palestras desde o começo do dia, às 8h,  nas redes sociais do NESPro. 

 

Vítor Figueiró