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Verão

Especial

Legislativo toma a frente na busca por socorro aos produtores atingidos pelas enchentes

Frente Parlamentar da Agropecuária da AL reúne sindicatos e governo para elencar prioridades e buscar ajuda para retomar atividades no campo

| Foto: Brendon Cornelius de Moraes / Assessoria Gabinete Elton Weber / CP

A Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha da Assembleia Legislativa reúne, hoje, parlamentares, governo estadual e sindicatos rurais para levantar as necessidades mais urgentes dos agricultores atingidos pelas enchentes da última semana no Estado. O encontro tem início marcado para às 8h30min e ocorrerá na Câmara de Vereadores de Lajeado. De lá sairão demandas que, ainda nesta semana, serão levadas a Brasília pelo presidente da frente, deputado Elton Weber (PSB). “Já temos reunião marcada com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, na quinta-feira. Ficaremos lá dois dias buscando socorro aos produtores rurais que também perderam suas casas e seu sustento”, argumenta Weber.

Conforme relatório preliminar divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), a tragédia afetou quase 11 mil propriedades rurais e 30 mil animais de produção (bovinos de corte e leite, suínos, aves de corte e poedeiras). Também foram contabilizados estragos em estruturas de armazenagem, agroindústrias, em forragens, na fruticultura, na olericultura, na fumicultura, na apicultura, na piscicultura, e na plantação de eucaliptos, dentre outras. No entanto, a expectativa é que os estragos sejam muito maiores, já que a comunicação com o campo ainda está prejudicada. 

O encontro também levantará demandas relativas às ações recentemente divulgadas pelo governo federal em apoio aos produtores. “Anunciaram R$ 125 milhões para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), mas isso não é para quem foi atingido. É para comprar produtos dos agricultores e colocar para pessoas que não tem como se manter”, pontua o parlamentar. O governo estadual, por sua vez, anunciou que o Banrisul vai emprestar R$ 300 milhões aos produtores rurais afetados pela chuva por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para financiamento de tratores, construção, reformas, máquinas, implementos, sistemas produtivos e infraestrutura, entre outros. As condições incluem prazo de até 10 anos, três anos de carência e taxas equalizadas. As iniciativas, segundo Weber, não atendem às necessidades básicas dos agricultores, que é recuperar as moradias e os processos produtivos. “Tem agricultor que nem voltará a produzir porque a situação se torna inviável. Precisamos evitar ao máximo que isso aconteça. Nessa situação, não temos como não falar em anistia”.

Ontem, o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, enviou ofício ao governo do Estado com demandas que buscam amenizar a situação dos cooperativados do Vale do Taquari. A região tem 18 cooperativas agropecuárias, de infraestrutura, de crédito, de saúde e de transporte. Ao todo, o setor emprega 8,8 mil pessoas e abrange mais de 461,4 mil associados. Um dos pedidos é a suspensão das parcelas de empréstimos vencidas ou a vencer pelo prazo de 18 meses. Outro é a criação de uma linha de crédito emergencial, com taxas subsidiadas, para empresas e cooperativas atingidas pelas enchentes. É solicitado ainda apoio, junto ao governo federal, para a liberação de recursos às regiões atingidas, bem como agilidade por parte do BNDES na liberação de linha de crédito especial em função das adversidades climáticas. 

Correio do Povo