Na primeira quinzena de setembro, será entregue ao governador Eduardo Leite o anteprojeto que estabelece um programa estadual de estímulo à produção de etanol a base de grãos, tubérculos e cana-de-açúcar. O estabelecimento de uma política pública é desejo antigo de prefeitos, empresários, pesquisadores e agricultores, que colaboraram com o texto. A entrega da minuta será a primeira ação da Frente Parlamentar em Defesa da Produção e Autossuficiência de Etanol, da Assembleia Legislativa, lançada nesta quinta-feira, durante a programação da 42ª Expointer, em Esteio.
Coordenador da Frente, o deputado Elton Weber, diz que o programa será um impulso para o Rio Grande do Sul como um todo. “A instituição de um programa dará segurança a quem vai investir e quem produzir. Uma lei trará o amparo jurídico para transformar esse sonho numa política duradoura de produção de etanol no Estado.” Com a criação do programa, terras ociosas no inverno serão aproveitadas. Os agricultores familiares aguardam com expectativa pelo programa, que aumentará a demanda por grãos de inverno e itens como a batata-doce em pequenas áreas. “Esse programa se encaixa como uma luva para a agricultura familiar. A gente precisa buscar necessidades, alternativas de renda”, explica o secretário-geral da Fetag, Pedrinho Signori.
O prefeito de Campo Novo, Antonio Sartori, disse que o Estado possui todos os quesitos para que o projeto seja a matriz transformadora da economia gaúcha. Ele lembrou que há seis projetos de usinas em andamento nas cidades de Campo Novo, Carazinho, Camaquã, Viadutos, Palmeira das Missões e Porto Xavier.
Fernanda Bassôa