As entidades estaduais de representação dos produtores rurais não vão emitir posicionamentos políticos e nem apresentar reivindicações em nome do setor aos 1.348 candidatos que concorrem às 497 prefeituras do Rio Grande do Sul, mas devem estimular e orientar os sindicatos a elaborarem seus pedidos de acordo com as especificidades de cada município.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul, Fetag/RS, Carlos Joel da Silva, revela que a orientação para os sindicatos de trabalhadores rurais é que apresentem uma pata que inclua orçamento para a Secretaria da Agricultura do município, infraestrutura rural, educação e saúde. “Na maioria das vezes, o recurso para a pasta municipal da Agricultura é o menor entre todos”, observa. “Essa realidade tem que mudar”, complementa. Entre os itens da infraestrutura estão melhorar condições das estradas e pontes. E para a educação são necessários, segundo a Fetag, ônibus escolares para evitar a falta de alunos e manutenção dos estabelecimentos rurais de ensino.
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, esclarece que a entidade não possui uma pauta política especifica já que as cooperativas distribuídas por todo o Estado têm capilaridade que geralmente proporciona um convívio em parceria com o setor público. “A Fecoagro não tem partido nem preferência política, mas sim, um compromisso com a verdade”, reitera. Pires completa dizendo que candidatos alinhados com o cooperativismo despertam mais identificação e que as cooperativas podem ter pleitos individuais.
O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Elmar Konrad, afirma que a entidade se ocupa com problemas de diferentes origens das políticas setoriais e prefere não se posicionar no contexto partidário. “Aconselhamos as lideranças de sindicatos rurais municipais a atuarem de forma mais incisiva pelas atividades agropecuárias junto às prefeituras, já que as características locais são muito distintas e impedem um posicionamento padrão”, explica.
Taís Teixeira