Os outros focos detectados até agora foram os municípios de Santo Antônio das Missões, no Noroeste; Alegrete e Uruguaiana, na Fronteira Oeste; e São Jorge, próximo a Lagoa Vermelha, na região Norte. Quanto a esse último, o proprietário da égua tentou evitar o sacrifício do animal através de liminar concedida pela Justiça, no final da tarde de hoje, até resultado de um segundo exame. A alegação era o alto valor comercial do equino. A Secretaria da Agricultura e Pecuária do Estado ainda não confirmou se houve o sacrifício do animal, antes da decisão liminar.
Ainda conforme a pasta, todas as propriedades rurais com focos de mormo já haviam sido interditadas e passaram por procedimentos sanitários antes da confirmação dos casos. Outras dezenas de locais permanecem sob vigilância por suspeita de mormo. A doença é transmitida através de secreções de animais contaminados e pode infectar humanos, ainda que raramente.
Veja onde foram confirmados focos da doença:
- Rolante: 1 foco com 2 equinos positivos
- Uruguaiana: 1 foco com 1 equino positivo
- Alegrete: 1 foco com 1 equino positivo
- Santo Antônio das Missões: 1 foco com 5 equinos positivos
- São Jorge (animal de Lagoa Vermelha): 1 foco com 1 equino positivo
- Cruz Alta: 1 foco com 1 equino positivo
Justiça evita sacrifício de égua com suspeita de mormo, no Norte gaúcho
A Juíza Greice Prataviera Grazziotin concedeu liminar impedindo o sacrifício de um cavalo com suspeita de Mormo, em Lagoa Vermelha, no Norte gaúcho. A magistrada proibiu que a égua da raça Crioula seja abatida até que se obtenha resultado de exame de sangue requisitado ao Laboratório Lanagro, em Recife (PE). Em caso de descumprimento, foi fixada multa de R$ 5 mil.
Edelmir Rodrigo Bueno, proprietário da égua transportou o animal para o município de São Jorge. No local foi realizado exame preliminar por agentes da Inspetoria Veterinária do Estado. A análise apontou suspeita da doença.
A magistrada considerou que não há certeza acerca da infecção do animal sem o exame de sangue. O valor do animal não foi divulgado, mas na decisão a juíza salienta “alto valor” de comercialização.
Samuel Vettori / Rádio Guaíba