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Safra brasileira deve atingir 305,4 milhões de toneladas, diz IBGE

Mesmo com perdas causadas pela estiagem no Rio Grande do Sul, órgão estima aumento de 16,1% frente à produção de 2022

| Foto: Wenderson Araújo / Trilux / CP

Os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de maio, divulgado nesta terça-feira (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sinalizam uma safra nacional de 305,4 milhões de toneladas em 2023, volume 16,1% maior que o da colheita de 2022 e 1,1% superior ao previsto pelo órgão em seu estudo anterior, anunciado em abril. A revisão na projeção foi motivada por expectativas maiores para a colheita de milho segunda safra e de trigo frente à estimativa de abril. Com isso, o cenário desenhado é de recorde nas produções de soja, milho e trigo.

A colheita de soja deve somar 148,2 milhões de toneladas, um aumento de 24% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional total de milho foi estimada em 122,8 milhões de toneladas, com crescimento de 11,5% ante 2022. A primeira safra do cereal deve chegar a 27,9 milhões de toneladas, um aumento de 9,7% em relação ao resultado do ano passado, e a segunda lavoura deve totalizar 94,9 milhões de toneladas, um avanço de 12% na mesma base de comparação. Para o trigo, o IBGE estima uma produção de 10,6 milhões de toneladas, com avanço de 5,5% em relação a 2022.

Em comunicado, o gerente do LSPA, Carlos Barradas, destaca que os preços elevados das commodities agrícolas estimularam os produtores a ampliar a área de plantio desses produtos. Além disso, houve aumento dos investimentos nas lavouras e o clima de 2023, comparado com o ano passado, resultou em maior rendimento no campo. “Na safra 2023, somente o Rio Grande do Sul teve problemas climáticos. Todas as demais unidades da federação tiveram clima favorável, o que explica o recorde de produção”, disse Barradas.

A produção do arroz para 2023 é projetada em 10,1 milhões de toneladas, com queda de 5,6% em relação ao produzido no ano passado. No caso do feijão, considerando-se as três safras do grãos, a projeção atual é 0,9% menor que a de abril e deve somar 3,1 milhões de toneladas. Principal produto da agricultura brasileira, a soja acabou a prioridade dos produtores na safra de verão, que é plantada a partir de setembro, na época das chuvas, e colhida em janeiro e fevereiro, destacou o IBGE. “Os produtores estão reduzindo a área de outros cereais, como o arroz, para plantar soja. A produção de arroz e de feijão deve ser suficiente para abastecer o mercado interno”, afirmou Barradas.

O gerente de agricultura do IBGE, Carlos Guedes, observa que no ano passado o clima não colaborou com a soja – a cultura fechou o período com queda de 11,4% em relação a 2021, devido às condições climáticas desfavoráveis na Região Sul e no Mato Grosso do Sul.“Em 2023, os percentuais de crescimento na soja nesses locais são bem elevados, apontando para a recuperação da safra. No Rio Grande do Sul, mesmo com os problemas climáticos que ainda persistiram em 2023, a safra é maior que em 2022, ano em que a seca foi muito severa”, destacou Guedes.

Com relação à área colhida total no país, a estimativa do IBGE é de 76,6 milhões de hectares, 4,6% acima da área colhida em 2022, o que representa aumento de 3,4 milhões de hectares. Na comparação com a projeção feita em abril, a área reflete uma expansão de 0,3%.

Correio do Povo