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Especial

Setor de biocombustíveis fortalece atuação na América Latina

Associações assinam manifesto em defesa do avanço integrado da fonte de energia limpa

| Foto: Reprodução Youtube

Entidades representativas do setor de biocombustíveis do Brasil, Uruguai, Argentina, Colômbia e Paraguai assumiram, ontem, uma postura conjunta para promover estratégias de transição energética para os transportes veicular, aéreo, fluvial e marítimo. A intenção foi oficializada ontem no Manifesto em Defesa dos Biocombustíveis, do qual 13 entidades representativas do setor tornaram-se signatárias, dentre as quais a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio). O documento tornou-se público após a realização de encontro virtual intitulado “Um firme compromisso com o biocombustível para a descarbonização global, promovido pela Associação para Transição Energética e pelo Fórum Indústria e Energia, da Espanha. 

Um dos objetivos do grupo é fomentar a criação de marcos regulatórios e regras que viabilizem investimentos no setor e o aumento da capacidade produtiva de biocombustível e a industrialização de áreas rurais. Com isso, pretendem que a América Latina se torne, até 2050, uma região cuja matriz de combustíveis seja plenamente limpa, renovável e sustentável. “Queremos aumentar a oferta de alimento e de energia limpa, políticas públicas e previsibilidade jurídica. Temos uma grande oportunidade de tornar a América Latina o Oriente Médio Verde”, declarou o diretor do conselho da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio) e CEO da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, durante a reunião. 

O grupo também defende a criação de um plano regional de transição energética, com financiamento e alinhamento político consistente para enfrentar as alterações climáticas e aos recursos de cada região. E destaca a necessidade de garantir o avanço de pesquisas científicas e tecnológicas para que os países possam cumprir os compromissos assumidos para a descarbonização no Acordo de Paris, aproveitando as capacidades de suas cadeias agrícola e pecuária. A questão foi pontuada pelo empresário brasileiro ao lembrar que o Brasil é um grande exportador de matéria-prima in natura para a produção de biocombustíveis, mas que, apesar disso, permite apenas o uso de 10% de biodiesel ao diesel atualmente. “Poderíamos estar com o mercado maior, pois tínhamos a previsibilidade de adicionar 14% agora”, lamenta. 

Com a produção de 6 bilhões de litros de biocombustíveis ao ano, Battistella ressaltou a capacidade de os países da América Latina de produzir matéria-prima de baixo carbono com muito respeito ao meio ambiente.  “Temos uma janela muito grande para isso, mas precisamos passar por discussões mais amplas de políticas públicas, o que começa em cada país”, pontua. O presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) salienta a importância de ações que valorizem os patrimônios locais para a produção de biocombustíveis “ao mesmo tempo que desenvolve toda a cadeia de valor envolvida, gerando emprego e promovendo a economia, ao mesmo tempo em que se materializa como uma solução de curto prazo e baixo investimento para uma transição efetiva da matriz energética mais limpa”, assinala.

Thaise Teixeira