Estudantes do curso de Agronomia da Universidade de Passo Fundo (UPF) percorrem uma série de propriedades rurais no Rio Grande do Sul para colher subsídios ao programa AgroPlus. A iniciativa, desenvolvida pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), tem como objetivo orientar produtores a se adequarem às normas trabalhistas. A ação engloba a realização de visitas e aplicação de questionários, que englobam as necessidades de adequação às normas das áreas ambiental, técnica, financeira, trabalhista e de gestão. Os primeiros diagnósticos tiveram início há cerca de oito meses em propriedades da região Norte e a estimativa é visitar cerca de 70 locais em todo o Estado, além de Santa Catarina, até o final do ano.
O programa tem por objetivo auxiliar o produtor rural no cumprimento das legislações que regulamentam o meio ambiente, resíduos, construções rurais, saúde, segurança no trabalho rural, dentre outras. As linhas de ação abrangem a qualidade de vida no trabalho, construções rurais, melhores práticas agrícolas, viabilidade financeira e econômica, qualidade do produto e responsabilidade social.
Por meio de um “check list” completo com 230 indicadores, o programa vai até as propriedades para diagnosticar a realidade de cada uma delas no intuito de melhorar a gestão como um todo, seja na parte ambiental, social e econômica. Do respeito ao meio ambiente, passando pelo cumprimento da legislação vigente, sustentabilidade social e controle financeiro, os resultados são inseridos em um relatório que apontará soluções, caminhos e orientações para melhorar a qualidade de vida nas propriedades e aumentar as oportunidades econômicas.
A reitora da UPF, Bernadete Dalmolin, destaca o caráter social do projeto. “Estamos unindo esforços para que o Agroplus atenda um maior número de propriedades gaúchas e catarinenses, aproximando a universidade da sua comunidade, além de proporcionar conhecimento e experiência aos nossos estudantes”, ressaltou.
Segundo o gerente de Sustentabilidade da Abiove, Bernardo Pires, hoje o programa atinge 11 estados, atendendo 10 mil fazendas com 70 supervisores de campo. “Promovemos toda a entrega e capacitação dos produtores e funcionários em relação a parte de construções rurais, boas práticas agrícolas, responsabilidade social, política de boa vizinhança com as comunidades tradicionais, saúde e segurança, exames médicos e procedimentos de primeiros socorros”, informou. Com a iniciativa, o principal objetivo do programa é promover a melhoria da imagem do agronegócio brasileiro, promovendo a qualidade ambiental e social das fazendas. “Além de termos uma fazenda super organizada, blindada contra multas e autuações, as propriedades participantes possuem um crédito diferenciado junto ao Banco do Brasil, disponibilizando meio porcento de isenção de taxa de risco”, complementou.
Correio do Povo