O agrônomo Enio Angelo Todeschini, da Emater, explica que a maturação de todas as espécies está antecipada em 20 dias devido às condições climáticas. Ao contrário de 2016, quando, na região de Bento Gonçalves, o inverno teve 530 horas de frio inferior a 7,2 graus Celsius, adequado à fruticultura de clima temperado, o de 2017 teve apenas 188 horas. Além disso, houve pouca chuva e temperaturas altas em setembro, que ajudaram a acelerar o ciclo de brotação e florescimento e também deixaram alto índice de gemas vegetativas inativas ou com baixo vigor.
O levantamento mostra ou, quando é o caso de fruto ainda em formação, prevê queda de 80% na produção de ameixas, 76% na de quivis, 59% na de caquis, 57% na de peras, 41% na de pêssegos e 21% na de maçãs. A uva, maior cultura, recua de 850 mil toneladas na safra passada para 720 mil toneladas na atual, volume idêntico ao da média histórica. Duas culturas pequenas, as de goiaba e figo, se beneficiaram e renderão mais, 47% e 22%, respectivamente.
Correio do Povo