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Especial

Em meio à crise na saúde, pacientes serão transferidos de Porto Alegre para o Interior do RS

Hospitais de Porto Alegre operam com mais de 182% de superlotação nesta sexta-feira

O Instituto de Cardiologia, 242% de lotação, a Santa Casa 225%, o Hospital de Clínicas, 210% e o Hospital Conceição, 117% | Foto: Camila Cunha

Com a intenção de diminuir a sobrecarga da alta demanda nas portas de urgência e emergência em hospitais e unidades de saúde de Porto Alegre, as secretarias Municipal e Estadual trabalham na transferência de pacientes menos graves atendidos pela Capital para outras cidades. Para isso, a Prefeitura de Porto Alegre colocou à disposição o SAMU POA.

Os hospitais de Porto Alegre operam com mais de 184% de superlotação nesta sexta-feira. O Pronto de Atendimento da Cruzeiro do Sul chegou a registrar 411% de lotação, o da Bom Jesus, 370%. O Instituto de Cardiologia, 242% de lotação, a Santa Casa 225%, o Hospital de Clínicas, 210% e o Hospital Conceição, 117%.

Segundo o prefeito Sebastião Melo, a Secretaria da Saúde nesta sexta-feira “identificou 30 cidadãos passíveis de transferência”, e que agora aguarda orientação do Departamento de Regulação Estadual (DRE) para saber o destino dessas pessoas.

Ao todo, são mais de 140 pacientes que podem ser transferidos. No final desta manhã foi autorizada a remoção do primeiro paciente do hospital Cristo Redentor, zona Norte de Porto Alegre, para Viamão. Há de bebês a idosos com mais de 90 anos. As enfermidades também são variadas: dermatologia, internação clínica, pediatria e oncologia.

“Dentro do possível para não prejudicar a assistência à capital. A situação crítica que estamos vivendo exige algumas adaptações”, explicou o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.

No início desta semana, Município e Estado definiram um plano de contingência para mitigar a superlotação nos hospitais da Capital, que tem como consequência o colapso do sistema de saúde da Região Metropolitana.

Segundo Ritter, a pasta trabalha para evitar que pacientes de outras cidades venham para Porto Alegre sem necessidade. “Alinhamos com a regulação estadual, que se comprometeu em reforçar com os hospitais da região a transferência de casos menos graves quando houver a possibilidade”, completa o secretário.

Através da assessoria, a Secretaria Estadual da Saúde ressaltou que é um processo complexo. Foi informado que os casos estão sendo avaliados pelos sistema de regulação e que há diálogo com os prestadores do interior, pois além do leito, é necessário que as secretarias de saúde do interior disponibilizem transporte para os pacientes.

Marielle Dutra está com o filho de seis meses internado, por questões respiratórias, no Pronto Atendimento da Bom Jesus (PABJ), desde terça-feira. Ela contou que chegou a tentar atendimento no Hospital Conceição, mas foi informada que deveria procurar o PABJ. "O atendimento deles é maravilhoso, o problema é a lotação. Tem crianças dormindo nas cadeiras”. Ianca Guterres, que levou a mãe para atendimento no PABJ, complementou dizendo que levou mais de duas horas para a sua mãe ser atendida. “Em vez de atender ela, deixaram ela sentada lá dentro mais de duas horas. Agora ela vai tomar medicação para dor”, disse.

Correio do Povo