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Especial

Presença do mosquito Aedes aegypti deixa Uruguaiana em alerta

Primeiro Levantamento Rápido de Índice do Aedes aegypti foi feito em janeiro

| Foto: Thiago Valença / SMS / CP

Os agentes de endemias da Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria de Saúde de Uruguaiana realizaram, em janeiro, o primeiro Levantamento Rápido de Índice do Aedes aegypti (LIRAa) de 2023. Foram vistoriados 2.218 imóveis em cinco dias de trabalho e o índice de infestação predial (IIP) foi de 3,5%, que é considerado um índice de alerta para a ocorrência de dengue, zika e Chikungunya.

Para a realização do LIRAA, o município foi dividido em cinco estratos com 8.100 a 12.000 imóveis cada um. Três dos cinco estratos do município tiveram Índice de Infestação Predial (IIP) entre 1 e 3,9 % (médio risco), englobando os bairros Francisca Tarragó, Nova Esperança, Prolar/Promorar, João Paulo II, Cabo Luiz Quevedo (estrato 2); Alexandre Zachia, Rio Branco, São Miguel, Vila Júlia (estrato 3); São Domingos, União das Vilas, Aeroporto, Charqueada, Telechea, Rui Ramos, Cidade Alegria e Cohab II (estrato 4).

No entanto, dois estratos tiveram IIP > 3,9 (alto risco), nos bairros Centro, Mascarenhas de Moraes, Bela Vista (estrato 1); Jockey Clube, Santo Inácio, Santana, Cidade Nova e São João (estrato 5). O índice de Breteau (IB) oscilou entre os estratos, sendo que o estrato 5 apresentou o maior índice de Breteau, 6,5%.

O Índice de Infestação Predial (IIP) é a porcentagem de imóveis com focos de Aedes aegytpi entre os pesquisados no LIRAa pelos ACE, e o índice de Breteau (IB), é expresso em números absolutos e estabelece uma relação entre recipientes positivos e imóveis e, embora forneça mais informações, não aponta dados sobre a produtividade dos depósitos.

De acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde, os depósitos potenciais criadouros para Aedes aegypti são classificados em cinco grupos, o que permite conhecer a importância epidemiológica desses criadouros e direcionamento das ações de controle vetorial.

Grupo A: Armazenamento de água. A1: Depósitos de água elevados (caixas-d'água, tambores e depósitos de alvenaria) e A2: Depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico (tonel, barril, cisterna);

Grupo B: Depósitos móveis (vasos/frascos com água, pratos, garrafas, potes);

Grupo C: Depósitos fixos (tanques em obras, calhas, ralos, piscinas não tratadas);

Grupo D: Passíveis de remoção (lixo). D1: Pneus, câmaras de ar, manchões e D2: Lixo (plástico, garrafas, latas), sucatas, entulhos de construção;

Grupo E: Depósitos móveis (axilas de folhas, buracos em árvores e rochas). O tipo de criadouro com o maior número de focos no LIRAa de janeiro de 2023 foi o de classificação B (58/65,9%) que são depósitos móveis (vasos/frascos com água, pratos, garrafas, potes).

Os depósitos do tipo A2 (depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico: tonel, barril, cisterna) foram o segundo tipo mais encontrado nesse LIRAa (18/20,5%). Os depósitos do tipo C também foram criadouros de Aedes aegytpi (8/9,1%%). Os tipos de depósitos com menos focos foram A1 (0), D1(1) e D2 (1) e E (2).

Dentro dos depósitos de tipo B, os recipientes com focos mais encontrados foram: baldes plásticos (16), vasos de plantas aquáticas (15), potes e panelas (15) e bebedouros de animais (4).

Considerando os tipos de criadouros encontrados nesse LIRAa, devem ser intensificadas as ações de comunicação em saúde sobre a importância da eliminação mecânica dos criadouros como: evitar o cultivo de plantas em vasos com água; substituição da água e limpeza dos bebedouros de animais; manutenção de tonéis com água bem tampados e colocação de tela em ralos e caixas de inspeção.

Fred Marcovici