A vida é um bem precioso e que deve ser preservado sempre. Para isso, ter saúde é fundamental para poder desfrutá-la. Nesse sentido, o Sistema Único de Saúde (SUS) cumpre um papel fundamental e propicia à população uma estrutura mundialmente reconhecida por garantir o acesso universal a remédios, tratamentos e a novas descobertas científicas da ciência para dar suporte ao bem-estar coletivo e individual. Um exemplo está nas novas técnicas que surgem e que, paulatinamente, vão sendo incorporadas aos procedimentos ofertados à coletividade.
Em tal panorama, são recorrentes as tentativas de aperfeiçoar todo o sistema, com medidas inovadoras. Uma delas agora está sendo anunciada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Colégio Notarial do Brasil. Trata-se da campanha Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém, pela qual os interessados poderão registrar eletronicamente o desejo do declarante de ser doador de órgãos. A autorização ficará disponível no sistema digital e poderá ser consultada a qualquer tempo pelas equipes envolvidas nos procedimentos de transplante. Assim, quem desejar se tornar um doador, a partir de agora, poderá preencher a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo) em qualquer um dos 8,3 mil cartórios de notas do país. A emissão é sem nenhum custo.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que participou do evento de lançamento da campanha, a iniciativa vai favorecer esse gesto de solidariedade no Brasil. As doações de órgãos possibilitaram 9.2 mil transplantes no país em 2023, o que representa aumento de 13% em relação ao ano de 2022. Muitos órgãos em bom estado se perdem porque nem sempre se consegue sensibilizar em vida o doador e depois as famílias. Temos um percentual baixo de aproveitamento, com cerca de 20 doadores para cada milhão de pessoas. Espera-se que esse novo sistema ajude nas captações para que milhares de brasileiros possam ter uma nova chance de prolongar sua história de vida.
Correio do Povo