A confirmação da existência de água molecular na Lua animou aos cientistas que aguardavam por décadas o momento para dar início aos planos mais ambiciosos no espaço. Após estudo da agência espacial norte-americana, a Nasa, ser publicado em revista científica, na última segunda-feira, os astrônomos agora tentam descobrir detalhes sobre os depósitos de água e quais ferramentas usar para a exploração do recurso.
O professor da USP e especialista em astrobiologia, Fabio Rodrigues, explicou ao Direto ao Ponto que as intenções dos cientistas: usar as partículas para combustível de foguete – reduzindo, assim, o custo das missões e a matéria carregada da Terra à Lua – e a exploração da superfície lunar, agora com a garantia de vida, para a instalação de uma base espacial – que vai permitir pousos de escala para viagens longas projetadas para o futuro, como a Marte.
A projeção que a astronomia vem ganhando nos últimos anos desvenda, segundo o especialista, outras tantas discussões sobre da exploração, como as de natureza ética, ambiental e judicial. O episódio desta sexta-feira vai discutir os caminhos abertos com a nova descoberta no espaço e quais os impactos na ciência e nas relações entre países.
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Correio do Povo