O Jeep Commander tem medidas generosas: 4769 mm no comprimento, largura de 1859 mm e entre eixos de 2794 mm. Isso significa que quatro passageiros viajam espaçosos e confortáveis. Enquanto os dois últimos, na terceira fileira, terão um conforto limitado mas não inviável. O espaço para sete passageiros, apesar da boa vontade do designer é sempre restrito na turma do “fundão”.
O Commander é o terceiro acima no reinado da Jeep, marca que se transformou em “preferência global”. A Jeep é hoje a principal fonte de lucro do Stellantis no mundo, junto a
RAM, que produz picapes enormes. Há uma inevitável qualidade construtiva no Commander.
Em 570 quilômetros rodados, em dois dias com veiculo cedido pela Savarauto Jeep, a impressão, sem meias palavras, foi das melhores. O Commander “disfarça” seu peso de 1715 kg numa performance ágil e suave no trânsito urbano. E a impressão para quem dirige é estar a bordo de hatchback de porte médio.
O Commander reage prontamente à pressão do pé direito. Mérito do motor 1.3 turbo com 185 hps, que é uma pequena usina de força: não ilumina a cidade mas acende a “luz do prazer” em conduzir. A suave e precisa rodagem se apoia nas suspensões muito bem calibradas. É uma MacPherson na dianteira, com braços múltiplos na traseira. A Jeep não economizou na tecnologia das suspensões e o SUV ignora as imperfeições do terreno da cidade e mostra na rodovia sua impecável estabilidade direcional.
O Commander segue na linha reta sem desvios de trajetória. Se desvia por falha humana, será reconduzido em segundos pelo “assistente à linha reta” para uma trajetória segura. Em curvas, as leves oscilações laterais da carroceria lembram ao motorista que existem leis físicas que definem o comportamento dinâmico de um veiculo.
Convém não ultrapassar estes limites físicos. Os bancos são ergonômicos com apoio lombar e lateral. Há fácil acesso aos comandos, que seguem um padrão de acessibilidade elevado. O acabamento requintado da cabine dá ao Commander o selo de um ótimo produto. É isto!
Renato Rossi