"Essa vida está sendo maravilhosa. Mas se não tivesse trabalhado na noite não estaria aqui hoje. A mudança está me proporcionando fazer coisas que eu nunca havia tido a oportunidade", afirmou Dinarte, sentado à beira da praia de Imbé, ao lado de amigos e de Cláudia. "Trabalhei anos na noite. Eu não tinha vida social. Trabalhava finais de semana, sábados, domingo, feriados. Mas agora tenho esta liberdade de passear, de escolher o que fazer. Afinal, eu sou o meu chefe”, vibrou ele.
Dinarte chegou a Porto Alegre com 17 anos, vindo da pequena Doutor Ricardo, no Vale do Taquari, e teve outras atividades antes de ingressar no tradicional Bar do Beto em outubro de 1992. “Tenho saudade dos clientes, fiz muitas amizades”, garante. No Bar do Beto conheceu a esposa, em 1998.
“Ela entrou no bar com umas amigas. Eu a vi e me apaixonei. A Cláudia chegou e assumiu a Caroline e Paola, minhas filhas do primeiro casamento”, derrete-se. Agora despreocupado em não ter mais atividades noturnas e diárias, consegue até trabalhar na beira da praia. “Trabalho muito em processo eletrônico. Então digitalizo os documentos, faço a ação e distribuo. Enfim, carrego o escritório comigo. Agora aproveito tudo o que não pude fazer nestes anos todos”, confirmou. “Meu próximo plano será passar cerca de duas semanas no Rio de Janeiro, ainda neste verão”, concluiu.
Correio do Povo