Maurino Ramos Francisco, de 53 anos, 38 deles dedicado a pesca, em especial a da Tainha, encheu um balde e uma sacola com camarões grandes. “Com a entrada da água do mar, foi liberada a pesca. Com ela, o camarão sobe (do fundo) e nós pescamos”, destacou.
Maurino Ramos Francisco encheu um balde e uma sacola com camarões grandes - Foto: Guilherme Testa
Somente o pescador, depois de três horas arremessando a rede, havia retirado da água da lagoa cerca de 10 quilos, o que pode render até R$ 300 se o crustáceo for vendido com casca. Sem casca, o valor duplica.
Segundo Ramos, a pesca do camarão pode ocorrer até abril, quando a água doce volta tomar conta do local e o camarão rosa “volta para o fundo”. “É da pesca que tiro o meu sustento há quase quatro décadas e é uma tradição que passamos de geração em geração”, destacou Maurino.
O pescador ainda demonstrou orgulho por participar do Projeto Boto da Barra, desenvolvido pelo Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), que faz o monitoramento e visa preservação dos animais no local. “Agora os jet-skis estão proibidos na barra e os botos estão aumentando. Por ano, aparecem de dois a três animais novos”, vibra Marino.
Eles são fundamentais na pesca da tainha na barra do Rio Tramandaí, pois indicam onde o cardume está e onde deve ser lançada a tarrafa. Outras informações sobre o projeto do Ceclimar pode ser obtidos através da página oficinal no Facebook .
Correio do Povo