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Bacalhau se torna alternativa para ceia do Natal em Porto Alegre

Produto atraiu consumidores e interessados em inovar à mesa para celebrar data

Bacalhau se torna alternativa para ceia do Natal em Porto Alegre | Foto: Guilherme Testa

O bacalhau tem cada mais vez dividido a ceia com as aves natalinas, em especial o peru. Na manhã desta segunda-feira, véspera de Natal, o movimento era intenso nas bancas que comercializam o pescado no Mercado Público de Porto Alegre. Apesar do aumento de 18,55% do produto segundo a Fundação Getúlio Vargas, sobretudo devido à cotação do dólar, ele atrai tanto os consumidores habituais como os interessados em inovar à mesa para celebrar a data.

Na banca 38, por exemplo, o vendedor Ronyson Siebra, 28 anos, oferecia o importado Gadus morhua. “É o legítimo” assegurou. De acordo com ele, a maior parte da clientela possui poder aquisitivo, mas a classe média também leva para fazer bolinhos e colocar na salada. “É um prato mais sofisticado”, observou. “Sai bastante também no Ano Novo”, lembrou.

Sobre o preparo, Ronyson Siebra disse que existem muitas receitas de bacalhau, mas indicou qual é o ingrediente principal. “O segredo é o azeite . É dessalgar e um dia antes do preparo é deixá-lo marinando”, recomendou. O vendedor ensina a quantidade certa do produto para levar para a casa. “É 200 gramas por pessoa quando ele puro. Com batatas e legumes é 150 gramas. Esse é o cálculo”, afirmou.

Já na Banca do Holandês, o vendedor Daniel Souza, 44 anos, percebe a cada ano um aumento da venda de bacalhau para a ceita natalina e também para o Réveillon. Na opinião dele, o produto é muito consumido por quem está acostumado a viajar para a Europa e ainda pela comunidade portuguesa gaúcha.

Ele constata, porém, que o produto tem atraído os curiosos. “Tem variedade: desde o original – Gadus morhua – até os primos dele com vários preços. Aí fica acessível”, explicou. Observando que o peru é uma moda norte-americana, Daniel Souza entende que o bacalhau, mesmo desfiado, é “um prato chique” na ceia natalina.

Tradição

O bacalhau nas festas de fim de ano também pode ser uma tradição em família. Vindo de Alvorada, o corretor Paulo Luiz Cardoso, 28 anos, pretendia comprar um quilo do produto. O pai dele foi cozinheiro por quatro décadas e percorreu todo o país. “Ele faz bacalhau todo o ano junto com peru”, contou. O corretor reconhece que o pescado ainda não está tão presente entre os brasileiros talvez pelo preço “salgado”. No entanto, Paulo Luiz Cardosos acredita que mesmo assim compensa.

Correio do Povo