Conheça 3 óleos essenciais que ajudam a aprimorar o foco e a concentração

Conheça 3 óleos essenciais que ajudam a aprimorar o foco e a concentração

Óleos atuam no cérebro como estimulantes, aumentando o desempenho cognitivo, o raciocínio e a memorização

Correio do Povo

Óleos podem ser utilizados pela aplicação na pele, através do uso de aromatizadores e de difusores ou pela aspiração do seu cheiro

publicidade

A aromaterapia, prática de aprimoramento da qualidade de vida e bem-estar através do uso de extratos naturais, é internacionalmente reconhecida por seus benefícios. No exterior, é o International Federation of Aromatherapists (IFA) - presente em 73 países - que define a aromaterapia como uma “antiga arte e ciência de misturar óleos essenciais extraídos de plantas e outros compostos vegetais para equilibrar, harmonizar e promover a saúde do corpo e da mente”.

Promessa de sustentabilidade, a aromaterapia é, também, um caminho para as práticas de saúde com potencial redução do uso de plásticos e microplásticos. Segundo uma pesquisa feita em março de 2023 pelo Integrated Healthcare Collaborative (IHC), do qual o IFA é membro principal, 85% dos terapeutas de saúde complementares, tradicionais e naturais não utilizam produtos à base de plástico na sua prática.

O Brasil adota a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) e reconhece a aromaterapia como um recurso terapêutico legítimo, porém, assistencial. A técnica é listada nas Práticas Integrativas e Complementares utilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), auxiliando no tratamento de ansiedade, depressão, insônia, enxaqueca, alergia, entre outras condições.

Óleos atuam no cérebro como estimulantes

Segundo a farmacêutica Paula Molari, diretora técnica da Formularium, e membro da ABC (Associação Brasileira de Cosmetologia), os óleos podem ser utilizados pela aplicação na pele, através do uso de aromatizadores e de difusores ou pela aspiração do seu cheiro. “Quando inalados, o olfato reconhece as moléculas dos óleos essenciais através de seus receptores, provocando alterações positivas associadas ao sistema límbico, região do cérebro responsável por emoções e comportamentos sociais.”

Entretanto, a especialista em Atenção Farmacêutica ressalta a importância de entender a causa dos problemas. “Antes de fazer uso de algum óleo ou extrato, é preciso saber a causa da sua dificuldade de foco e concentração. Os motivos podem envolver desde fadiga, estresse e ansiedade, até outras condições que exigem uma avaliação mais aprofundada. Daí a importância de recorrer à ajuda de um profissional de saúde”, explica.

Após identificar as causas, fica mais fácil saber quais extratos naturais são mais adequados à sua situação. “Há óleos que aliviam dores, outros que provocam sensação anestésica temporária e outros que ajudam a relaxar e organizar a mente, otimizando a atenção, o foco e, consequentemente, a produtividade.” E para este último caso, a profissional indica três óleos essenciais que estimulam sua capacidade cognitiva. Confira:

• Óleo de alecrim: no extenso catálogo dos óleos essenciais – há mais de 400 extratos em uso atualmente – o óleo essencial de alecrim (Rosmarinus officinalis) ainda é um dos mais recentemente explorados. No entanto, seu desempenho já vem sendo reconhecido.

De acordo com uma pesquisa publicada no Scientia Pharmaceutica, o óleo de alecrim tem uma ação pronunciada no cérebro e no sistema nervoso central (SNC), sendo uma ferramenta importante para “esvaziar a mente”. O mesmo estudo também aponta que o extrato tem propriedades estimulantes do cérebro, aumentando a capacidade de raciocínio e memorização.

• Óleo de capim-limão: o capim-limão (Cymbopogon citratus) é uma planta utilizada com abrangência no sudeste asiático, sobretudo na Tailândia, seja para cozinhar, como para fins medicinais. Ela possui propriedades anti-inflamatórias, antinociceptivas (diminui a percepção da dor) e antioxidantes. Este último, reconhecido por proteger o cérebro contra danos oxidativos, contribui para o declínio cognitivo.

Com o objetivo de examinar os impactos da exposição do óleo essencial de capim-limão em regiões específicas do cérebro, um estudo publicado em março deste ano no International Journal For Multidisciplinary Research constatou que ao inalar o aroma, as participantes tiveram um aumento nas funções das áreas pré-frontal, frontal e occipital.

Ou seja, as mulheres melhoraram seu desempenho cognitivo em relação aos domínios da atenção e da qualidade da memória, enquanto os índices de calma e alerta da mente também apresentaram melhorias significativas.

• Óleo de lavanda: um dos mais usados para desequilíbrios emocionais, o óleo de lavanda pode reduzir os níveis de cortisol, beneficiando o sistema nervoso autônomo e aliviando sintomas de ansiedade generalizada, estresse crônico, irritabilidade e inquietação.

Segundo Paula Molari, um dos seus diferenciais é a alteração química dos neurotransmissores cerebrais, sem causar os comuns efeitos colaterais dos medicamentos sintéticos alopáticos, como a dependência ou síndrome de abstinência.

“Vale lembrar que o acompanhamento médico é indispensável, não sendo possível utilizar somente os óleos essenciais para o tratamento de doenças ou sintomas. Contudo, em situações em que não há algo patológico, os óleos essenciais são alternativas eficazes na intervenção dos desequilíbrios emocionais”, finaliza a farmacêutica.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895