Chuva e estradas bloqueadas dificultam entrega de combustíveis em Santa Maria
Já há preocupação com estoques em alguns postos do município; gêneros alimentícios também podem faltar
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Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul causam bloqueios em pelo menos 70 trechos de 32 rodovias federais e estaduais do Rio Grande do Sul. Diante de alagamentos, penetração de terra, e queda de pontes, diversos municípios da região central estão praticamente ilhas. Em Santa Maria, os trens parados em filas quilométricas na BR 392 e em outras estradas do entorno colocam em risco o abastecimento de itens essenciais e combustíveis.
“O que ocorre no momento é uma preocupação da população, e o medo de que esses produtos possam faltar gera uma demanda acima do normal em momentos de crise. As filas que vendemos são reflexo disto”, afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Santa Maria (Sindigêneros), Gilberto Cremonese.
O empresário participou de uma reunião na prefeitura do município, juntamente com a Defesa Civil e entidades sociais e comerciais da região para tratar do assunto. E o prognóstico, segundo relato, é positivo.
“Apesar de estarmos presenciando filas nos postos de combustíveis e em mercados, não tememos desabastecimento por completo. A alta procura dos primeiros dias diminui naturalmente, e a cidade conta com vias ferroviárias e área”, destacou Cremonese.
Nesta sexta-feira não há bloqueios no acesso a Santa Maria pelo Sul do Estado, portanto uma rota livre para a chegada de combustíveis e outros itens essenciais.
“Há o apoio do Exército para a liberação das rodovias com pontos de bloqueio, e a previsão é que a chuva de trânsito nesta sexta-feira, portanto, no fim de semana teremos que as opções de circulação de mercadorias também serão ampliadas”, pondera o representante do Sindigeneros.
Já o sindicato que representa os postos de combustíveis, a Sulpetro/RS, é combustível estocado, O desafio neste momento é a logística. As distribuidoras avaliam as orientações das autoridades para garantir o deslocamento com segurança.
A entidade acredita que a situação será normalizada somente na próxima semana, a depender do desbloqueio das rodovias e da situação da região metropolitana de Porto Alegre, após alagamentos. O presidente da Sulpetro, João Carlos Dal'Aqua, afirma que não é necessária uma “corrida” aos postos, mas pede que os consumidores que não precisam encher o tanque não o façam neste momento.
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Abastecimento de água comprometido
Na reunião com a Defesa Civil, as entidades manifestaram preocupação com a falta de água no município. Na quinta-feira, 90% dos bairros já sofriam instabilidade no abastecimento.
“Sobre a água, foi adotado rodízio no abastecimento até que as tubulações que romperam sejam reparadas, o que deve ocorrer hoje”, alerta Cremonese.
A Defesa Civil do município está levando água potável para prédios públicos e serviços de saúde.
