Defensoria Pública diz que irá abrir procedimento para apurar responsabilidades de incêndio em pousada

Defensoria Pública diz que irá abrir procedimento para apurar responsabilidades de incêndio em pousada

Órgão indicou que já havia denúncia de irregularidades em outra unidade da Garoa

Felipe Faleiro

Incêndio mobilizou Corpo de Bombeiros na madrugada desta sexta-feira

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Após o incêndio na Pousada Garoa, na avenida Farrapos, em Porto Alegre, que matou dez pessoas na madrugada desta sexta-feira, representantes da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPE/RS) que estiveram no local afirmaram que já havia denúncias de irregularidades habitacionais em outra unidade do estabelecimento. O órgão afirmou que dará prioridade na abertura de um procedimento para apurar situações individuais e coletivas da tragédia.

“Vamos apurar eventual responsabilidade do poder público e também do particular”, afirmou o defensor público Rodolfo Lorea Malhão, assessor do Gabinete do Defensor Público-Geral do Estado. Ele acrescentou, contudo, que ainda é muito cedo para imputar responsabilidades. As denúncias anteriores haviam sido apresentadas por movimentos sociais, conforme a dirigente do Núcleo de Defesa em Direitos Humanos em exercício, Alessandra Quines Cruz, cujo setor ficará responsável pelo novo processo.

“Também veremos o que pode ser feito neste momento para atender a população vulnerável. Por enquanto, já conversamos com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e as pessoas estão sendo remanejadas para outros locais, inclusive recebendo alimentação”, comentou. Caso haja penalização, Alessandra afirma que, inclusive, a Prefeitura, ou o proprietário da pousada, bem como ambos, poderão ter de pagar indenizações para as famílias diretamente atingidas pela tragédia.

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“Nós vamos dialogar com os movimentos sociais, colher todas as demandas e dialogar com os atingidos para que possamos partir, a partir desta perspectiva, cobrar mudanças, inclusive nas políticas públicas deste acolhimento. Queremos que elas sejam repensadas para que isto não aconteça mais, assim como dar voz a estas pessoas”.


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