Entenda como o retorno da chuva deve alterar o nível do Guaíba

Entenda como o retorno da chuva deve alterar o nível do Guaíba

MetSul alerta para cenário preocupante na próxima semana, com possibilidade de aumento e repique de cheia

Correio do Povo

Dias mais chuvosos em Porto Alegre serão entre esta sexta e domingo

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O Rio Grande do Sul voltou a registrar chuva forte nesta sexta-feira, o que aumenta a preocupação em relação ao nível do Guaíba, que iniciou uma trajetória de baixa. As medições indicavam que no começo desta tarde, às 13h, o nível estava em 4,71m na régua do Cais Mauá, no Centro Histórico.

No pico da cheia, no último fim de semana, atingiu mais de 5,30 metros. Há uma evidente trajetória de baixa que deve continuar, segundo a MetSul, pelo menos por enquanto,

Os dias mais chuvosos em Porto Alegre serão entre esta sexta e domingo, mas não é a chuva que cai na Capital que provoca enchente e sim nas bacias dos rios contribuintes.

O que move para cima e para baixo o nível do Guaíba são vazão e vento. Vazão é a água que chega dos rios Jacuí, Taquari-Antas, Sinos-Paranhana, Caí e Gravataí. A vazão destes rios no final da bacia, perto do Guaíba, está diminuindo. E não há previsão de vento Sul nesta sexta e no fim de semana para represar o Guaíba no Norte da Lagoa dos Patos.

O problema é a próxima semana, quando vai chegar toda a água que vai cair entre hoje e segunda nos rios que desembocam em Porto Alegre. O Guaíba estará mais baixo, mas a segunda onda de vazão pela chuva pode voltar a elevar o nível.

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Outro complicador será o vento. Neste fim de semana será de Sudeste a Leste, mas entre segunda e quarta da semana que vem soprará de Sul em vários momentos, coincidindo com a chegada da segunda onda de vazão, o que agrava o risco de aumento e repique de cheia.

Por isso, a MetSul Meteorologia e o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs insistem que a crise da enchente em Porto Alegre está muito longe do fim e que vai demorar para o Guaíba baixar da cota de transbordamento de 3 metros.


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