Fábrica de etanol da Be8, em Passo Fundo, recebe licença ambiental de instalação
Licenciamento emitido pela Fepam permite início das obras da unidade, previsto para junho
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A Be8 recebeu, nesta quarta-feira, a Licença Ambiental de Instalação (LI) para a fábrica de etanol que construirá em Passo Fundo. O documento foi oficialmente entregue pelo presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam), Renato Chagas, a executivos da Be8, em Porto Alegre.
O Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo por meio do qual o órgão ambiental licencia localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais. Já a liberação da Licença de Instalação permite à empresa dar início às obras.
“Essa data é superimportante para nosso projeto e, sendo assim, seguimos orgulhosos de cumprir mais essa etapa de liberação ambiental, que nos credencia a começar as obras que vão trazer a produção de etanol para o estado do Rio Grande do Sul, além de gerar empregos e de ser oportunidade viável de renda para o agricultor com a cultura de cereais de inverno”, disse Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8.
A nova planta de etanol é a primeira de grande porte no Estado e produzirá o biocombustível a partir de cereais de inverno, como trigo, cevada, triticale e sorgo. A unidade também será a primeira a produzir glúten vital no Brasil.
O etanol da Be8 poderá ser tanto anidro (adicionado à gasolina) quanto hidratado (consumo direto). A capacidade de produção é de 209 milhões de litros de etanol ao ano, representando 20% da demanda do RS, que hoje depende da importação do combustível.
As primeiras atividades de terraplanagem da unidade estão estimadas para começar em junho. Já a operação está prevista para começar em 2026. O investimento previsto é de R$ 1 bilhão.
“Esse empreendimento vai ao encontro dos compromissos ambientais assumidos pelo Estado. Etanol é um combustível que o Rio Grande do Sul tem potencial de produzir e que vai auxiliar na descarbonização da nossa matriz energética”, avaliou a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann.
