Novo ano, Napoleão, o filme e reajustes
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Novo ano
Há ocorrências na vida em que o cérebro, como se passada uma borracha, esquece. Outras, porém, condicionadas à dimensão, sem essa possibilidade. No ano findo, diríamos falecido, ainda bem, desgraças, escusas pela expressão forte, decorrentes de enchentes, somaram-se trazendo eliminação de vidas e de estruturas materiais de gigantesca quantidade de famílias. Cidades, ainda, exigindo reconstruções para continuarem existindo. Enfim, ano que gostaríamos não tivesse existido. Um dado positivo, convém ressaltemos, mostrada a força da solidariedade humana. Mobilizações como nunca, socorrendo os irmãos em situações desesperadoras. Agora, sem desânimo, estamos vivos, com empenho inabalável estaremos construindo não ano novo, como dito habitualmente, mas um Novo Ano. Será de realizações, de compreensão, de entusiasmo e de saúde a todos. Enfim, estaremos unidos caminhando para a frente, sem recuo, sem retrocesso. Apostemos, sem distinção social, que 2024 será o melhor ano da vida de cada um. Feliz e abençoado Novo Ano, amigas e amigos.
Jorge Lisbôa Goelzer - Erechim, via e-mail
Napoleão, o filme
Antes de assistir a “Napoleão”, de Riddley Scott, li a biografia “Napoleão, o homem por trás do mito”, de Adam Zamoyski. É impossível ao filme abarcar todos os aspectos da vida de um dos grandes mitos da História, ao lado de Alexandre, Júlio César e Carlos Magno, aos quais admirava. Nascido na Córsega em 1768, morreu no exílio imposto na ilha de Santa Helena em 1821. General, cônsul-geral, Imperador, marido amantíssimo de Josefina, de quem se separou para casar-se com a princesa austríaca Maria Luíza, que lhe deu um herdeiro e o verniz da nobreza. Derrotado pelo inverno na Rússia e, em Waterloo, pelos britânicos e aliados. Déspota e centralizador, criou as estruturas do Estado francês que ainda existem, organizando-o administra e juridicamente, e ditou os padrões éticos, morais e políticos da sociedade francesa à época. O estadista visionário é sempre lembrado como uma das maiores personalidades da humanidade. O filme, em comparação ao livro, não destaca a inquietude de seu corpo, a animosidade de sua alma beligerante e a verve de sua retórica envolvente e ameaçadora e a autoestima de seu ego.
José Carlos Morsch - Porto Alegre, via e-mail
Reajustes
Vergonhosos e imorais os absurdos reajustes que o Congresso aprovou na última sessão do ano, aumento de R$ 938 milhões para quase R$ 5 bilhões do fundo eleitoral para eleger prefeitos e vereadores e, o pior ainda, se aproveitaram das futuras receitas previstas pela criação de novos impostos e taxas. Também aumentaram as verbas para emendas de R$ 38 bilhões para R$ 53 bilhões.
Ramiro Nunes de Almeida Filho – Porto Alegre, via e-mail