Polarização, tentativa?, desrespeito e criatividade econômica

Polarização, tentativa?, desrespeito e criatividade econômica

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Renato Panatieri

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Polarização

Entre os males causados à política e ao país como um todo, um dos piores é a divisão social que a chamada polarização imprime à sociedade na medida que afunila opções de escolha. Ao mesmo tempo exclui nomes fortes que sabe-se lá seriam a salvação nessa batalha mais pessoal que patriótica. Um país com essa dimensão não pode se dar ao luxo de ter somente dois candidatos ou dois partidos pretendentes ao Planalto, sem falar nas questões ideológicas que se tornam acirradas por conta da falta de alternativas.
Édson Mendes, Caxias do Sul, via e-mail

Tentativa?

As reuniões do presidente com seus ministros e que foram gravadas e expostas e em que, abertamente, se pregava uma não aceitação do resultado, presumivelmente desfavorável, das eleições, e a adoção de medidas violentas, os acampamentos em frente aos quartéis e o ataque à sede dos poderes (efetivada) caracterizam a tentativa de golpe à nossa democracia. Dizer que, não tendo se consumado tal objetivo, não há tipificação de crime de tentativa, é sofismar, e tentar tapar o Sol com uma peneira. Todos nós assistimos boquiabertos, o desenrolar dos fatos. Cansa-nos todo este jogo de termos jurídicos.
Décio Antônio Damin, Porto Alegre, via e-mail

Desrespeito

Trabalho de limpeza do terreno e de terraplenagem realizados na avenida Bagé, quase esquina com a avenida Ijuí, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, é um tapa na cara dos moradores do entorno. Além do barulho de máquinas pesadas (e da gritaria dos operários) se iniciarem às 7h, a rua tem congestionamentos permanentes devido à presença constante de caminhões. Na segunda-feira de Carnaval, apesar do intenso calor, moradores foram obrigados a permanecer com as janelas fechadas. Vários caminhões betoneira, estacionados e com motor acionado, espalharam densa fumaça e fizeram intenso ruído, acabando com o sossego. Sugiro à prefeitura uma visita ao local.
Gilberto Jasper, Porto Alegre, via e-mail

Criatividade econômica

A criatividade econômica dos administradores brasileiros não tem limites. O governo federal festeja a concessão de R$ 18,00 ao salário mínimo como “aumento acima da inflação”, cujos índices ele mesmo calcula. E passa o ano todo forçando o aumento de impostos para alcançar o “déficit zero”, mas fecha o ano com um déficit de R$ 320 bilhões. Aqui no “garrão do país”, o governador insiste num ICMS (já classificado como o mais injusto dos impostos) em níveis que lembram a Derrama - como se recorda, era a cobrança à força de altos impostos durante o Brasil colônia, que resultou na revolta celebrizada como Inconfidência Mineira. Na Capital, além da compra e armazenamento de livros didáticos, a Prefeitura entrega o Cais do Porto, através de leilão com apenas um só interessado. Mantra da Década de 70: “O último a sair, que apague a luz”.
Sérgio Becker, Porto Alegre, via e-mail


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