"A arte nos dá suporte para suportar o insuportável", conta Marisa Monte

"A arte nos dá suporte para suportar o insuportável", conta Marisa Monte

Cantora, instrumentista e compositora, carioca se apresenta de sexta a domingo em Porto Alegre, no Auditório Araújo Vianna

Luiz Gonzaga Lopes

Marisa Monte: "Espero matar as saudades com shows inesquecíveis e emocionantes".

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Marisa Monte apresenta a sua nova turnê “Portas” em Porto Alegre. O reencontro com os fãs gaúchos será no Auditório Araújo Vianna em três datas: desta sexta-feira até domingo (sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 20h. Ainda restam poucos ingressos no Sympla. 

Além das 18 canções do novo álbum “Portas”, lançado em julho de 2021 e relançado em outubro de 2021 e em maio de 2022, o repertório do show destaca os momentos importantes da carreira de mais de três décadas da cantora, compositora e instrumentista carioca, como “Ainda Bem”, “Depois”, “Vilarejo”, entre outras.

No palco, Marisa Monte é acompanhada por um time de confiança de grandes músicos, como Dadi (A Cor do Som, baixo, violões e piano), Davi Moraes (guitarra), Pupillo (bateria), Pretinho da Serrinha (percussão e cavaquinho), Chico Brown (violões e piano), Antonio Neves (arranjo dos metais e trombone), Eduardo Santana (trompete) e Oswaldo Lessa (saxofone e flauta). Os shows de Marisa Monte não são muito regulares. A última apresentação solo na capital gaúcha foi em 2013. Depois ela veio com Paulinho da Viola e com os Tribalistas, em 2017 e 2018. 

Correio do Povo - Quais as Portas que são abertas nesta turnê. As do disco, a da vida pós-pandêmica (ainda não acabou) ou algumas que ainda vamos perceber? As portas da liberdade, do imaginário, do lúdico e da memória.

Marisa Monte - Portas são elementos muito simbólicos, que trazem em si a ideia de abertura, transformação, escolha, passagem, opção, decisão, fechamento. Essas aberturas podem ser internas ou externas. A arte nos dá suporte para suportar o insuportável e tem sido importante resistir de forma poética e amorosa.

Correio do Povo - O tour tem muitos registros e é bastante integrado com as redes. Como foi concebido este show e quais as mais importantes mensagens que queres passar para o teu público neste momento?

Marisa Monte - O show é um meio audiovisual, que vai além do álbum e das músicas, onde as imagens potencializam os sentidos das canções. O cenário do show foi desenvolvido a partir da série “Fundos”, obra da artista plástica gaúcha Lúcia Koch. Ela faz um trabalho a partir de fundos de caixas criando ambientes arquitetônicos com luzes e sombras que achei que seria perfeito para a cenografia e atmosfera do show. A ideia era criar um diálogo entre o mundo interior, o isolamento, confinamento e o mundo exterior, através da imaginação, do sonho. A partir desse princípio, uma equipe de criação e de editores, programadores e iluminador, tendo Batman Zavareze e Claudio Torres como codiretores, desenvolveu os vídeos, iluminação e efeitos visuais. 

Correio do Povo - Queria que você falasse de algumas das músicas, das parcerias e do teu momento como compositora e cantora? Como todos os fãs e críticos, eu tenho a minha preferida. É “Depois”. Depois de um fim de relacionamento, utilizei como uma boa explicação para o que eu sentia.  

Marisa Monte - Fico feliz que você gosta dessa música, obrigada. E é uma música que fala que mesmo que um relacionamento acabe o amor pode se transformar e sobreviver. E que o verdadeiro amor é desejar que o outro seja feliz e se permitir também. 

Correio do Povo - Faz nove anos que não vens com show solo para Porto Alegre. Vieste com Paulinho, com Tribalistas. Que saudades. Alguma coisa a falar da relação com o público gaúcho? 

Marisa Monte - Que estou feliz demais por voltar a Porto Alegre com um show meu depois de todo esse tempo para esse encontro tão desejado com o público gaúcho que sempre foi tão carinhoso comigo. Espero matar as saudades com shows inesquecíveis e emocionantes.

Correio do Povo - Para finalizar, quero uma frase tua, algo como uma ideia para uma nova música para presentear o público gaúcho?

Marisa Monte - Porta alegre, aí vou eu!


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