“A arte salvou Chaplin”, destaca protagonista de musical que estreia em Porto Alegre
Jarbas Homem de Mello estrela montagem com sessões de sexta a domingo, no Teatro do Sesi
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Com produção de Cláudia Raia e Sandro Chaim, versão brasileira de Miguel Falabella e direção de Mariano Detry, “Chaplin, o Musical” foi sucesso no centro do país em 2015, e ganhou o Prêmio Cenym como Melhor Musical e levou o Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Cenografia. O musical está de volta e tem cinco apresentações marcadas para este final de semana no Teatro do Sesi, em Porto Alegre (Assis Brasil, 8787) - sexta, às 21h; sábado, às 16h e 21h, e domingo, às 14h e 19h. Os ingressos custam entre R$ 75 e R$ 200 e podem ser encontrados na bilheteria do Teatro do Sesi (duas horas antes de cada apresentação) e da Livraria Cultura do Bourbon Country (Tulio de Rose, 80) e no site. Para as sessões de sexta e sábado e a de domingo, às 19h, só restam ingressos de mezzanino; a sessão extra de domingo às 14h tem ingressos para todos os setores.
Jarbas conta que pesquisou a fundo todas as fases da vida de Chaplin para compor o personagem de Charles Chaplin, para depois encarnar sem estereotipar o terno, a bengala, chapéu coco e o bigode robusto e as ações cênicas de Carlitos. “Nós contamos toda a sua vida, dos 13 aos 82 anos (ele morreu aos 88), da infância pobre em Londres até o estrelato, com um minucioso trabalho de preparação para contar a história de um homem, com diversos timbres de voz, com a coluna mais ereta e curvada, enfim a diferença entre o homem e o personagem”, afirma Jarbas, que começou no teatro aos 16 anos, integrou a trupe Traste Show, de Teatro de Revista, de Novo Hamburgo, e foi vocalista de uma banda de punk rock também de NH, Espelho do Mundo, entre 1988 e 1993.
O protagonista do musical conta que é importante falar de Chaplin num momento como este, pois Chaplin foi vítima da intolerância durante o McCarthismo, nos Estados Unidos, no início dos anos 1950. “Ele foi vítima desta intolerância. Ele disse na época que era humorista e não comunista. Ele fez 85 filmes, a maior parte mudos, mas quando fez o primeiro filme falado, 'O Grande Ditador', ele tinha uma voz política. O pai dele morreu cedo, a mãe vivia em sanatório e ele viveu de orfanato em orfanato. A arte salvou Chaplin”, ressalta Jarbas.
No elenco da produção estão nomes como Juan Alba (o irmão mais velho de Chaplin, Sidney), a atriz gaúcha Naíma (como a mãe Hannah), Myra Ruiz (a quarta e última esposa Oona O'Neil) e Paulo Goulart Filho (Mack Sennett, fundador dos estúdios Keystone, responsável pela estreia de Chaplin no cinema). “São 80 pessoas viajando no total, 23 atores em cena, 21 adultos e duas crianças. 'Chaplin' é considerado um musical médio, mas temos 34 técnicos, 11 músicos, 32 perucas, 25 itens de postiçaria (bigodes, sobrancelhas e barbas). A produção da Cláudia é meticulosa”, destaca Jarbas.
Quanto a seus planos para 2019, Jarbas comenta que, junto com Cláudia Raia, fará um filme musical, com direção de Wolf Maya e roteiro de Marcelo Saback, e também o casal estará sozinho no palco, em espetáculo tipo "Mistério de Irma Vap", com texto de Ana Toledo, no qual farão diversos personagens cada um. “Também devo fazer produção e assistência de direção da versão de ‘Dreamgirls’ e montar um musical menor, com seis em cena, “Freddie”, sobre a vida do Freddie Mercury”, finaliza.
Confira entrevista com Jarbas Homem de Mello: