“A arte salvou Chaplin”, destaca protagonista de musical que estreia em Porto Alegre

“A arte salvou Chaplin”, destaca protagonista de musical que estreia em Porto Alegre

Jarbas Homem de Mello estrela montagem com sessões de sexta a domingo, no Teatro do Sesi

Luiz Gonzaga Lopes

Jarbas Homem de Mello protagoniza o musical que conta a história de Chaplin, dos 13 aos 82 anos

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Jarbas Homem de Mello é um ator, bailarino e diretor de teatro musical brasileiro, nascido em Novo Hamburgo há 48 anos e que foi morar no Rio e depois em São Paulo aos 24 anos de idade. A despeito de ser casado com a atriz e produtora Cláudia Raia, com quem atuou em musicais como “Cabaret”, “Pernas pro Ar”, “Crazy for You” e “Cantando na Chuva”, Jarbas é um incansável dentro do mundo do teatro musical, chegando a fazer temporadas e turnês em duas ou mais produções consecutivas por ano. Em 2015, ele decidiu viver o papel de um ator e diretor emblemático do cinema no século XX, do qual é fã ardoroso não só dos filmes, mas da vida e das ideias.

Com produção de Cláudia Raia e Sandro Chaim, versão brasileira de Miguel Falabella e direção de Mariano Detry, “Chaplin, o Musical” foi sucesso no centro do país em 2015, e ganhou o Prêmio Cenym como Melhor Musical e levou o Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Cenografia. O musical está de volta e tem cinco apresentações marcadas para este final de semana no Teatro do Sesi, em Porto Alegre (Assis Brasil, 8787) - sexta, às 21h; sábado, às 16h e 21h, e domingo, às 14h e 19h. Os ingressos custam entre R$ 75 e R$ 200 e podem ser encontrados na bilheteria do Teatro do Sesi (duas horas antes de cada apresentação) e da Livraria Cultura do Bourbon Country (Tulio de Rose, 80) e no site. Para as sessões de sexta e sábado e a de domingo, às 19h, só restam ingressos de mezzanino; a sessão extra de domingo às 14h tem ingressos para todos os setores.

Jarbas conta que pesquisou a fundo todas as fases da vida de Chaplin para compor o personagem de Charles Chaplin, para depois encarnar sem estereotipar o terno, a bengala, chapéu coco e o bigode robusto e as ações cênicas de Carlitos. “Nós contamos toda a sua vida, dos 13 aos 82 anos (ele morreu aos 88), da infância pobre em Londres até o estrelato, com um minucioso trabalho de preparação para contar a história de um homem, com diversos timbres de voz, com a coluna mais ereta e curvada, enfim a diferença entre o homem e o personagem”, afirma Jarbas, que começou no teatro aos 16 anos, integrou a trupe Traste Show, de Teatro de Revista, de Novo Hamburgo, e foi vocalista de uma banda de punk rock também de NH, Espelho do Mundo, entre 1988 e 1993.

O protagonista do musical conta que é importante falar de Chaplin num momento como este, pois Chaplin foi vítima da intolerância durante o McCarthismo, nos Estados Unidos, no início dos anos 1950. “Ele foi vítima desta intolerância. Ele disse na época que era humorista e não comunista. Ele fez 85 filmes, a maior parte mudos, mas quando fez o primeiro filme falado, 'O Grande Ditador', ele tinha uma voz política. O pai dele morreu cedo, a mãe vivia em sanatório e ele viveu de orfanato em orfanato. A arte salvou Chaplin”, ressalta Jarbas.

No elenco da produção estão nomes como Juan Alba (o irmão mais velho de Chaplin, Sidney), a atriz gaúcha Naíma (como a mãe Hannah), Myra Ruiz (a quarta e última esposa Oona O'Neil) e Paulo Goulart Filho (Mack Sennett, fundador dos estúdios Keystone, responsável pela estreia de Chaplin no cinema). “São 80 pessoas viajando no total, 23 atores em cena, 21 adultos e duas crianças. 'Chaplin' é considerado um musical médio, mas temos 34 técnicos, 11 músicos, 32 perucas, 25 itens de postiçaria (bigodes, sobrancelhas e barbas). A produção da Cláudia é meticulosa”, destaca Jarbas.

Quanto a seus planos para 2019, Jarbas comenta que, junto com Cláudia Raia, fará um filme musical, com direção de Wolf Maya e roteiro de Marcelo Saback, e também o casal estará sozinho no palco, em espetáculo tipo "Mistério de Irma Vap", com texto de Ana Toledo, no qual farão diversos personagens cada um. “Também devo fazer produção e assistência de direção da versão de ‘Dreamgirls’ e montar um musical menor, com seis em cena, “Freddie”, sobre a vida do Freddie Mercury”, finaliza. 

Confira entrevista com Jarbas Homem de Mello:


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