"A Chave do Vale Encantado" dedica-se à imaginação infantil
Filme de Oswaldo Montenegro substituiu "O Banquete" no 46º Festival de Cinema de Gramado <br />
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Baseado na história do livro "O Vale Encantado", escrito por Montenegro - que também assina a trilha sonora - o filme corresponde a todos os elementos dos contos infantis popularmente conhecidos como Branca de Neve, Rapunzel, Pinóquio, Robin Hood, Chapeuzinho Vermelho e entre outros, e mistura com outros personagens simbólicos como Papai Noel, por exemplo. O Principe Encantado e a Bruxa Malvada também integram esta comunidade, mas a dupla reclama da falta do protagonismo próprio, já que eles repetem sempre o mesmo papel na maioria das histórias. Por causa disso, a dupla se une ao Lobo Mau na tentativa de roubar a chave do Vale Encantado para conhecer a realidade daqueles que sonham com eles diariamente.
Totalmente despretensioso, o filme tem o objetivo de instigar na imaginação das crianças o que fazem os personagens dos contos de fadas enquanto não estão "atuando" em seus sonhos. A franquia "Toy Story" poderia facilmente servir como referência para este longa já que brinca com a ideia do que fazem os brinquedos ou os personagens de contos infantis enquanto não tem nenhum humano por perto. Com isso, o filme empolga-se em misturar princesas, fadas e seus coadjuvantes em uma montanha onde convivem e possuem seus próprios conflitos. Definitivamente, "A Chave do Vale Encantado" dialoga particularmente com crianças por causa da sua ingenuidade e por esta essência não ter sido corrompida. Mesmo quando a história se encaminha para uma tensão, rapidamente consegue trazer o típico final feliz.
Segundo Montenegro, "A Chave do Vale Encantado" é um filme de alegria e de afeto. Ele já havia adiantado que este trabalho foi feito para unir toda a família. "Se a gente sonha com aquelas figuras, eles, quando dormem, sonham com quem? A gente brincou com estes arquétipos", explicou.