A cidade asteróide e o urso vingativo

A cidade asteróide e o urso vingativo

Novo trabalho de Was Anderson e terror do inglês Rhys Frake-Waterfield se destacam nos cinemas

Marcos Santuario

Steve Carell (E) integra o elenco do filme ‘Asteroid City’, a nova produção do aclamado cineasta Wes Anderson

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Pelo menos dois dos lançamentos das salas de cinema a partir desta quinta-feira têm um público de fãs e seguidores. O primeiro dele é “Asteroid City”, nova produção do aclamado realizador Wes Anderson, o mesmo de “O Grande Hotel Budapeste” e de “A Crônica Francesa”, entre outros. O filme chega às telonas brasileiras depois de sua primeira exibição no Festival de Cannes deste ano, em que parece ter conquistado a crítica presente ao evento francês. 

O que percebi na obra é que se trata sim de uma espécie de “meditação poética do significado da vida”. Vibrante nas cores e nas atuações, rica e autorreflexiva, a história gira em torno de uma deserta cidade estadunidense em meados de 1950 e foca em uma convenção chamada Junior Stargazer, que reúne estudantes e pais ao redor do país para uma competição escolar. O resultado é uma comédia romântica que aborda a história de uma família, que após o carro quebrar, fica “presa” na cidade norte-americana onde se comemora o Dia do Asteroide e onde aspectos relacionados ao espaço sideral são levados muito a sério. O filme levanta o debate sobre mudanças familiares, presença de alienígenas na Terra e inúmeras situações cotidianas. A trama é baseada em uma história que foi criada pelo próprio Anderson e pelo filho de Francis Ford Coppola, Roman Coppola.

Além do currículo do diretor, outro dos outros grandes atrativos para deixar-se contagiar pelo filme é o elenco estelar. Anderson reuniu nomes como Jason Schwartzman, Scarlett Johansson, Steve Carell, Tom Hanks, Jeffrey Wright, Tilda Swinton, Bryan Cranston, Ed Norton, Adrien Brody, Liev Schreiber, Hope Davis, Stephen Park, Rupert Friend, Maya Hawke, Matt Dillon, Willem Dafoe, Margot Robbie, Grace Edwards, Sophia Lillis, Jeff Goldblum, Rita Wilson, entre outros.

O outro destaque entre os lançamentos também pode atrair alguns públicos específicos. Trata-se de “Ursinho Pooh: Sangue e Mel”, que parte do urso da literatura infantil, mas ganha uma roupagem de terror no filme de Rhys Frake-Waterfield. No ano passado, o personagem, criado por A. A. Milne, entrou em domínio público, o que permitiu esta primeira adaptação que leva o público aos cantos mais sombrios da mente do urso que ser revolta ao ser abandonado por seu amigo Christopher.

O jovem, que havia criado uma relação forte com o ursinho, cresce e vai para a faculdade, se afastando do amigo. Pooh também cresce, mas com sentimentos nada agradáveis despertados pelo sentimento de abandono e traição. É quando ele se une ao porquinho Piglet para matar qualquer pessoa que se aproxime do Bosque dos Cem Acres. O inglês Frake-Waterfield, especialista em filmes de terror, teve seu trabalho reconhecido somente a partir da versão sombria desta estória. E este é o principal tema do filme: o abandono. Com este sentimento, Pooh e seus amigos acabam enlouquecendo e atacam todos que se aproximem. Mas não espere demais da produção.

 


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