A construção da arte pela pedra

A construção da arte pela pedra

Mostra ‘Sinfonia das Pedras’ tem sua quarta edição a partir de hoje, às 18h no Espaço Cultural Correios, na Capital

Correio do Povo

Artista Giuliani apresenta na mostra uma obra em cimento e mesclagem com outros materiais, datada deste ano

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O poeta João Cabral de Melo Neto no seu conciso poema “A Educação pela Pedra” já dava pistas de como a pedra pode ensinar na vida e na arte: “No Sertão a pedra não sabe lecionar,/ e se lecionasse, não ensinaria nada;/ lá não se aprende a pedra: lá a pedra,/ uma pedra de nascença, entranha a alma.” No caso de 22 artistas da Região Sul do país, a pedra ensina a conhecer os seus contornos, as suas conformações, vontades, o desbaste, o refino e o polimento. A Confraria das Pedras está organizando a quarta edição da mostra “Sinfonia das Pedras”. A exposição de esculturas em pedra será realizada a partir de hoje, às 18h, no Espaços Cultural Correios, localizado no térreo do Memorial do Rio Grande do Sul, na Praça da Alfândega (Sete de Setembro, 1020), no Centro Histórico de Porto Alegre, com entrada pela avenida Sepúlveda.

A mostra, em sua quarta edição (as anteriores foram em 2019, 2021, 2022), marca mais uma realização da Confraria das Pedras em parceria com o Espaço Cultural Correios. Nesta edição, participam 22 artistas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, perfazendo cerca de 40 esculturas em pedra, nas mais variadas linguagens, da abstração à figura humana.

Confraria 

A Confraria foi criada em 2017, pelo escultor José Kanan, a partir de um grupo de escultores da serra gaúcha e do Atelier Livre Porto Alegre, com o objetivo de congregar e divulgar os trabalhos dos escultores, aficionados e profissionais, que se dedicam ao ofício da escultura em pedra, em seus diversos materiais (mármore, granito, basalto, pedra sabão, sodalita, quartzo e outras). 

Ao longo dos anos, a Confraria já promoveu exposições em Gramado, Canela, Bento Gonçalves e Porto Alegre. A característica da exposição é a diversidade de produção, em temas e materiais. A curadoria é do professor e doutor em História e Teoria Crítica de Arte pela Ufrgs, José Francisco Alves. “A intenção é mostrar o que os artistas têm produzido com as rochas, as pedras como normalmente as chamamos, neste que é um universo reduzido de artistas. Isto se deve às imensas dificuldades impostas pelo material, o tempo longo de produção necessário e os recursos e infraestrutura como poucas linguagens exigem”, afirma Alves. 

Escultores 

Os escultores participantes da mostra são Adriano Mayer, Alfi Vivern, Ana Álvares Tita, Antônio Jorge Sobral, Frederico Krahe, Giuliani, Jean Rodrigues, Jorge Schroder, José Carlos Albuquerque, José Kanan, Luciano Machado, Lúcio Spier, Luiz Augusto Alessio Rubim, Maria Cristina Giralt, Mario Cladera, Paulo Aguinsky, Paulo Jocemar Miranda, Ricardo Aguiar, Ricardo Blauth, Ricardo Kersting, Rogério Maduré e Sol Stangler. 

“Aqui apresentamos um grupo especial de artistas atraídos pelas rochas e o que se pode fazer com elas, em formas diversas, abstratas, figurativas, em tons e cores ofertadas pela natureza”, complementa Alves. A exposição coletiva de escultores “Sinfonia das Pedras 4” tem visitação aberta de terças-feiras a sábados, no horário das 10h às 17h. A mostra segue em cartaz no Espaço Cultural Correios até dia 15 de julho. 


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