A Cor do Som celebra 40 anos de carreira em show neste sábado em Porto Alegre

A Cor do Som celebra 40 anos de carreira em show neste sábado em Porto Alegre

Grupo que foi sucesso nos anos 1970 e 1980 está de volta com formação original

Luiz Gonzaga Lopes

A Cor do Som celebra 40 anos de carreira em apresentação neste sábado em Porto Alegre

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Depois do sucesso da apresentação em Porto Alegre em 2016, que marcou a volta da banda aos palcos, A Cor do Som retorna a Porto Alegre neste final de semana para um show no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, nº 80 / 2º andar), neste sábado, às 21h.

A banda que foi sucesso de público nos anos 70 e 80, desde que lançou o disco "A Cor do Som", em 1977 (pela WEA/Atlantic), está de volta na sua formação original e preparando um novo CD de músicas inéditas, comemorando os 40 anos de carreira. As programações não param por aí, pois eles devem gravar de um DVD coroando a excursão de lançamento do novo disco.

Formada por Armandinho na guitarra, bandolim e guitarra baiana, Mú Carvalho nos teclados, Dadi no baixo e guitarra, Gustavo Schroeter na bateria e Ary Dias na percussão, a banda nasceu em 1977 experimentando novos padrões de som, introduzindo instrumentos elétricos na instrumentação tradicionalmente acústica do chorinho, além de misturar rock com ritmos regionais e música clássica.

No repertório do show, devem estar presentes clássicos absolutos como "Zanzibar", "Swing Menina", "Menino Deus", "Abri a Porta", "Beleza Pura", "Magia Tropical" e "Frutificar". Conforme o tecladista Mú Carvalho, o segredo da Cor do Som sempre foi esta cruza de músicos baianos e cariocas, atualizando o choro, o frevo e o baião com uma pegada elétrica, aliada ao clássico. "Nós trouxemos uma coisa moderna para alguns gêneros, tentamos evoluir, como já faziam Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti. Eu tinha a pegada do piano que ouvia minha mãe tocando, de Beethoven a Ernesto Nazareth. O Dadi tinha um lado mais pop, o Armandinho colocava guitarra no frevo e assim criamos uma identidade que nos distingiu de outros grupos da época e fez com que a gente permanecesse vivo até hoje para o nosso público, mesmo com alguns hiatos", ressalta Mú.  

O músico reconhece que uma parte do público jovem ainda não conhece a banda tão bem. "Claro que sabemos que este gap, estas paradas nos anos 1980, 90 e início dos 2000, não são facilitadoras para que uma parcela do público nos conheça, mas também vemos que tem uma garotada antenada que vê nossos vídeos no YouTube, interage com a gente e tem visto nossos shows", afirma.

Mú também lembra que o público de Porto Alegre é especial. No show de 2016, ele faz a introdução da música "Menino Deus", dizendo que a cidade tem um significado especial para a banda. "Porto Alegre foi sempre muito especial para a gente. Eu me lembro dos tempos em que tocávamos por aí e o aeroporto lotava. Éramos tratados como popstars internacionais. Gigantinho lotado, histerias das fãs e dos fãs. A cidade tem um componente emocional muito grande para a gente", comentou,

O novo CD, que deve ser lançado no segundo semestre, está cercado de expectativas, pois além do grupo não lançar músicas autorais inéditas há mais de dez anos (serão quatro novas neste álbum), o disco contará com as participações especiais de Gilberto Gil, Roupa Nova, 14 Bis, Natiruts, Lulu Santos e Skank, além de ter produção musical sob o comando do cantor, compositor e produtor Ricardo Feghali, do Roupa Nova. "Não devemos tocar as músicas novas neste show, mas prometemos dar o nosso melhor para os gaúchos", afirma.

Sobre a realidade atual da música, Mú revela que tem vantagens e desvantagens. "Nossos vídeos são visualizados em todo mundo e todos têm mais acesso. No entanto, a concorrência é maior. Tem um bilhão de pessoas postando vídeos com músicas. No tempo em que começamos, assinar com uma gravadora era entrar no paraíso, ter o profissionalismo em todos os setores. Hoje você grava em casa, lança independente e pode gerenciar a carreira sozinho. Sabemos que o YouTube paga pelos views. Só o tempo dirá se agora é melhor do que lá atrás", finaliza.

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