"A Flauta Mágica" tem apresentação única no Theatro São Pedro

"A Flauta Mágica" tem apresentação única no Theatro São Pedro

Obra de W.A. Mozart enaltece a fraternidade, situando os temas abordados na atualidade

Correio do Povo

Elenco da montagem dirigida por Carlos Rodriguez é composto majoritariamente por novos talentos

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A Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul (CORS), de cantores líricos criada para fomentar a cadeia produtiva e a Ópera no Estado, apresenta sua segunda montagem, “A Flauta Mágica”, hoje, às 21h, no Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/nº). Inspirada na obra clássica de Mozart, uma das óperas mais encenadas ao longo da história, tem direção cênica e artística de Carlos Rodriguez e musical a cargo da soprano e pianista Eiko Senda, que interpreta Mozart, dividindo a cena com nomes de destaque da cena gaúcha, ao lado de nomes em ascensão. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Theatro São Pedro e também pelo site da instituição no www.teatrosaopedro.rs.gov.br. 

Esta versão utilizará projeções, figurinos modernos e elementos visuais evocativos, posicionando a fraternidade como solução às provas da vida, enfrentadas ao longo das jornadas do homem em busca da sabedoria, da superação e da cooperação. A concepção cênica explora a atemporalidade dos diversos temas abordados e os situa na atualidade, trazendo à tona, de forma bem-humorada e alegórica, discussões sobre a sociedade contemporânea. 

A novidade fica por conta da introdução de um narrador - o convidado especial Ronel Aberti da Rosa, que dará vida a Emanuel Schikaneder, libretista de “Die Zauberflöte” (1791) de Mozart - em diálogo com a música. O libreto poderá ser acompanhado pelo público através de legendas. “Essa Flauta não é exatamente uma releitura, mas sim o olhar a partir de um ponto de vista que busca dar maior fluência à narrativa da obra de Schikaneder e de Mozart. Para isso, foram feitos alguns cortes que, por exemplo, garantissem que não fosse interrompida a sequência de decepções de Pamina que a levam a pensar em suicídio”, afirma o diretor Carlos Rodriguez. 

Encenação

 A encenação que mistura música, poesia, teatro e dança destaca principalmente a jornada de crescimento das personagens, com todas as dores e provações de cada um. “Fiz questão de contar com um elenco composto majoritariamente por novos talentos e cantores em ascensão, pois uma das principais propostas da CORS é a de formação e de impulsionamento das carreiras de cantores ainda pouco conhecidos do grande público, e essa é a parte que mais me estimula - cantar já cantei o suficiente. Resumindo: essa Flauta sintetiza nossa mensagem de que a ópera é de e para todas e todos", explica o barítono. Õ elenco é formado por 22 artistas, incluindo o tenor Roger Scarton, a mezzo-soprano Angela Diel e o baixo-barítono Daniel Germano, bastante atuantes no cenário lírico local. 

A CORS foi lançada oficialmente no último dia 26 de abril, em gala lírica que lotou o Theatro São Pedro. O primeiro título montado foi “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni (1863-1945), que percorreu três cidades gaúchas e seguirá em turnê pelo Estado em 2023, ao lado de “A Flauta Mágica” e de outras duas montagens criadas pela companhia. 


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