A força da 'Mulher Rei' de Viola Davis

A força da 'Mulher Rei' de Viola Davis

Filme que trouxe a atriz Viola Davis para divulgação no Brasil estreia nesta quinta-feira nas telonas

Marcos Santuario

Viola Davis em “A Mulher-Rei”

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Antes de chegar hoje às telas brasileiras, Viola Davis foi festejada por seu novo trabalho em “A Mulher Rei” durante a 47ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), há poucos dias, no Canadá. O impacto com a obra na tela e com a presença de Viola no tapete vermelho do Festival canadense mostraram a força deste novo trabalho da atriz. Viola também veio ao Brasil para dar entrevistas e divulgar o filme. Encantou.

“A Mulher-Rei” chega às telas com a mística necessária de que as jovens pretas podem encontrar na personagem principal sua versão hollywoodiana para festejar e ter como inspiração. Viola Davis encarna esta possível identificação no filme dirigido pela cineasta e roteirista norte-americana Gina Prince-Bythewood. O filme segue a força da questão de identidade, levantada, por exemplo, em “ Pantera Negra”. Além da excelente performance de Viola, vivendo Nanisca, o filme tem ainda Thuso Mbedu, Lashana Lynch, Sheila Atim, Hero Fiennes Tiffin e John Boyega no elenco. As mulheres estão à frente do trabalho. Além da direção de Gina, tem o roteiro de Dana Stevens, que assina também o argumento ao lado de Maria Bello. Na produção também há o olhar feminino de Cathy Schulman, Maria Bello e da própria Viola. 

Na trama, a história memorável da Agojie, uma unidade de guerreiras que é formada por mulheres. Elas tinham a missão de proteger o reino africano de Daomé nos anos 1800, com uma mescla de habilidades e força jamais vistas. Com inspiração em eventos que realmente aconteceram, a produção segue a jornada épica da General Nanisca, que está vivendo sua meia-idade, enquanto treina a nova geração de guerreiras. Em meio a tudo isso, a Nanisca de Viola também precisa resolver consigo aspectos íntimos e próprios da maternidade. É o feminino que se impõe como urgência natural. Também brilha em “A Mulher-Rei” a personagem de Izogie, vivida por Lashana Lynch, que já encantou na série 007, no recente “Sem Tempo Para Morrer”. Trata-se, ao lado de Nanisca, de uma mulher em sua plenitude física, tendo conquistado um posto de confiança e sendo inspiração para muitas jovens aspirantes a se tornarem uma guerreira Agojie. 

“A Mulher-Rei é um filme de ação em sua essência, e traz o tom épico do cenário de guerra. E para dar um contorno ainda mais humano às questões que se relacionam ao universo de preparação para resistir e lutar, a juventude também surge com energia. Este é o papel da adolescente Nawi, encarnada pela estreante sul-africana Thuso Mbedu. A garota que foge de um casamento arranjado representa as novas buscas da geração. Acaba no exército das Agojie e confronta a general Nanisca em relação ao regulamento que proíbe o envolvimento amoroso das Agojie com homens. É a juventude vibrando nas veias da garota, questionando o já estabelecido. A sabedoria vem em forma de conselho “para se tornar quem ela quiser ser, a jovem não pode perder o foco”. Aqui já se pode perceber que a ação e o épico encontram espaço também no encontro de três gerações de mulheres guerreiras. São todas mulheres, mas são diferentes, cada uma com seu tempo.

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