“A Golondrina” propõe reflexão sobre relações familiares e aceitação das diferenças

“A Golondrina” propõe reflexão sobre relações familiares e aceitação das diferenças

Com produção de Odilon Wagner e direção de Gabriel Fontes Paiva, espetáculo estará neste final de semana no Theatro São Pedro

Correio do Povo

Luciano Andrey vive sobrevivente de um ataque terrorista homofóbico e Tânia Bondezan, uma professora de canto, que tem sua história ligada ao incidente trágico.

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A versão brasileira da emocionante história familiar do mais importante dramaturgo espanhol da atualidade, Guillem Clua, chega a Porto Alegre, após fazer longa temporada em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Curitiba, desde sua estreia em 2019, tendo sido vista por mais de 30 mil espectadores. Tânia Bondezan assina a tradução e o protagonismo de “A Golondrina”, tendo ganho o Prêmio Shell por sua atuação, ao lado de Luciano Andrey. As apresentações ocorrem nesta sexta e sábado, às 21h e domingo, 18h, no Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/nº). Os ingressos estão à venda na bilheteria ou pelo site do Theatro São Pedro

A história semelhante à de milhares de famílias que conhecemos, que encontram enorme dificuldade em lidar com as diferentes visões de mundo que encontram dentro de seus próprios lares e discute essas relações frente à diversidade, a aceitação e ao compromisso com o amor. O texto foi inspirado no ataque terrorista homofóbico que aconteceu no Bar Pulse, em Orlando (EUA), em junho de 2016 e traz o emocionante encontro de Ramón (Luciano Andrey), sobrevivente de um ataque praticado por homofóbicos em um bar gay, com Amélia (Tania Bondezan), uma disciplinada professora de canto, que também tem sua história ligada ao trágico evento. Os personagens vão se revelando e os detalhes de suas histórias, se entrelaçam como num comovente quebra-cabeças.

“O que nos torna humanos?” Para a personagem Amélia, vivida por Tania Bodezan, a resposta encontra-se na capacidade de sentir a dor dos outros como se fosse nossa”. E este é o sentimento que corre ao longo da espinha dorsal da montagem. A história nos faz refletir principalmente sobre a necessidade de amarmos sem restrições, sem condições, ou seja, de aceitarmos nossos filhos, pais e familiares em geral, como ele são. Amar ao próximo é aceitá-lo como ele é. “A Golondrina é uma das peças mais comemoradas de Guillem Clua. É uma obra que fala sobre liberdade, diversidade e, sobretudo, sobre aceitação, temas tão caros nos dias que vivemos em todos os lugares do mundo e especialmente aqui no Brasil. O ataque ao Bar Pulse deixou 49 vítimas do preconceito e da homofobia. Mas aqui no nosso país este tipo de ataque ocorre quase que diariamente e mais grave ainda, de maneira silenciosa. Isso justifica a necessidade de montar este texto atualíssimo, que fala de relações humanas, familiares e da necessidade do entendimento e do perdão. Quando os dois personagens se encontram, eles têm dois caminhos a seguir: podem optar pelo ódio ou caminhar juntos. Ambos têm razões para causarem ainda mais danos além do que sofreram ou se reconhecer na dor um do outro para não permitir que vença o instinto animal”, completa a atriz. 

O texto já foi encenado e premiado em diversos lugares do mundo como Londres, Espanha, Grécia, Porto Rico, Peru, Uruguai, entre outros. Recebeu o Prêmio MAX 2019, Off West End London Theater Award 2017 e Queer Theater 2018 (Atenas, Grécia). Na Espanha e em Paris teve a atuação premiada pela consagrada atriz Carmen Maura.


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