A iluminação das canções de Wander

A música e a literatura fazem parte da vida de Wander Wildner desde criança. A partir da adolescência o artista rabiscava suas primeiras poesias e escrevia roteiros de pequenos filmes, mas foi na fase adulta, quando começou a cantar nos Replicantes, que um novo universo se abriu. A partir dali, Wander passou a escrever suas próprias canções e em 2020 entrou de cabeça no mundo literário lançando seu primeiro livro, “Aventuras de um Punkbrega”, onde descreve a saga de um personagem que passa por várias situações, muitas vezes cômicas e noutras um pouco trágicas, com capa e ilustrações de Allan Sieber. 

Wander afirma que compor é algo muito fascinante, é como um jogo, um quebra-cabeça que vai se formando a cada ação, a cada movimento executado, e que as palavras e as notas musicais são peças dessa divertida brincadeira. “Depois que a canção está pronta, sinto um prazer enorme, mas que o passo seguinte é ainda mais significativo! Quando disponibilizo minha música pro Universo e ela passa a ser de todos é que me sinto completo”. 

Esse sentimento levou Wander a escrever em 2022 seu segundo livro, “Canções Iluminadas de Amor”, que gerou o show “Canções Iluminadas de Amor”, que tem apresentação nesta quarta-feira, às 21h, no Theatro Fuga (Rua dos Andradas, 673 – Centro Histórico), em Porto Alegre. Os ingressos estão à disposição pelo www.sympla.com.br. 

No livro, Wander Wildner conta como surgiram vinte e sete músicas do seu repertório, desde a época dos Replicantes. Algumas foram compostas em parceria com pessoas que ele admira muito, como Carlos Gerbase, Jimi Joe, Arthur de Faria, Gustavo Kaly, Juvenil Silva e Lulina. 

No livro é possível perceber a linha do tempo desse processo e o prazer de realizar, o que faz com que queira sempre compor e escrever. No show “Canções Iluminadas de Amor”, Wander apresenta um repertório repleto de novas composições e antigos sucessos como “Breakfast do Tio Dylan” e “On The Road”; e versões para clássicos como “Redemption Song”, de Bob Marley, “Beside You”, de Iggy Pop, e “True Love Will Find You in the End”, de Daniel Johnston. 

“Comprei um teclado pequeno, quase de criança, para poder compor de outras formas. Quando muda o instrumento, muda a forma de composição. Mesmo no violão, estou tentando compor de outras formas”, complementa Wander, lembrando que no tempo dos Replicantes, na tentativa e erro, a originalidade da criação é que era a grande sacada. “Eu até cheguei a estudar no Palestrina um pouco, com o Galileu Arruda, mas percebi que a minha composição deveria ser mais autodidata, mais pela vontade, desejo, coração, na tentativa e erro, sem seguir nenhuma convenção”, conta. “Há uma década, comecei a estudar melodia, ouvindo música de compositores que eu gostava. Fiz o que o Bob Dylan fazia no começo e comecei a entrar dentro da música. A partir daí, passei a ouvir melhor, cantar melhor, tocar melhor e compor melhor”, finaliza Wander.

A produção do show é da Rei Magro Produções. Mais informações sobre o show e sobre a carreira do músicos podem ser obtidas nas redes do artista: www.wanderwildner.com e @wildnerwander.