A Matrix que ressurge nos cinemas
Quarto filme da franquia estreia nas telonas com foco no poder do amor e sua realidade
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Dentro da lista dos filmes mais esperados do ano ganha as telas de cinema a partir desta quinta-feira a nova etapa da saga do Neo, vivido pelo ator Keanu Reeves com “Matrix: Resurrections”. Quarto filme da franquia que já virou cult pelo acúmulo temático, técnico e estético das três produções anteriores, o trabalho ressuscita Neo e o coloca de volta na luta pela libertação das pessoas aprisionadas mentalmente pelas máquinas. Com direção de uma das irmãs Wachowski, Lana, o filme vem com uma mescla de ação, aventura, ficção e romance. Keanu Reeves retorna, aos 57 anos, ao papel do “escolhido”, que marcou o antes e depois em sua carreira cinematográfica.
No começo da saga Matrix, a inspiração veio de uma publicação de 1981, assinada pelo brilhante Jean Baudrillard sob o título “Simulacros e simulação”, que inspirou o filme “Matrix”. Ao escrever o livro Baudrillard não imaginava o sucesso que viria desta inspiração. O que sim, sabia o pensador francês, era que a partir daquele momento se daria mais importância ao filme do que ao livro. Dito e feito.
Lá em 1999, quando “Matrix” chegava às salas de cinema e vorazmente arrecadava mais de 460 milhões de dólares, se previa o futuro da franquia. Quatro prêmios Oscar depois, a marca se estabeleceu com os longas “Matrix Reloaded” (2003) e “Matrix Revolutions” (2003). Eles renderam aos bolsos dos produtores mais de 742 e 427 milhões de dólares respectivamente.
Se passando 20 anos após os acontecimentos de “Matrix Revolutions”, a nova parte da saga traz Neo vivendo uma vida aparentemente comum sob sua identidade original como Thomas A. Anderson, em São Francisco, Califórnia. O jovem é o maior programador do mundo, criador do jogo “Matrix”, que já aponta para “o filme que é analisado dentro do próprio filme”. Para manter seu equilíbrio, Neo faz terapia a parece dominar bem o momento vivido. No caminho da vida comum, ele também conhece uma mulher que parece ser a Trinity (Carrie Anne-Moss), que viveu momentos intensos com ele no universo que compartilharam nos filmes anteriores. Só que agora, ela não o reconhece e, casada, vive com marido e filhos. A partir disso, os personagens dos filmes anteriores vão surgindo na tela. É quando uma nova versão de Morpheus oferece a Neo a pílula vermelha e reabre sua mente para o mundo da Matrix. Com isso Neo volta a se juntar a um grupo de rebeldes para lutar contra um novo, misterioso e mais perigoso inimigo, no universo da Matrix.
Não há dúvida que a franquia “Matrix” tem causado grande sensação no cinema, desde seu primeiro filme, introduzindo noções como o “metaverso”, e impactando, definitivamente, a indústria dos efeitos especiais, sobretudo com o “desacelerar” do tempo ao redor dos personagens. Algumas cenas de filmes anteriores voltam a aparecer na tela agora, para felicidade dos fãs. Os mitos do início da saga ainda permanecem: tem a presença do herói predestinado a salvar a humanidade e uma realidade que inexiste e é composta por códigos de computador. Quase tudo que diz respeito à Matrix rompeu moldes já na época do primeiro filme, em 1999. Vejamos o que causa em mentes e corações no novo século.