"A Mulher Arrastada” ganha lançamento na Livraria Taverna

"A Mulher Arrastada” ganha lançamento na Livraria Taverna

Livro do dramaturgo gaúcho Diones Camargo foi publicado pela Editora Cobogó 

Correio do Povo

Livro é baseado na história real de Cláudia Silva Ferreira — mulher negra, pobre, 38 anos, auxiliar de limpeza em um hospital, mãe de quatro filhos biológicos e quatro adotivos — brutalmente alvejada pela Polícia Militar quando saía de casa no Morro da Congonha (RJ), para comprar pão para sua família.

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Primeira peça de um autor gaúcho publicada na seleta Coleção Dramaturgia da Editora Cobogó, "A Mulher Arrastada", do dramaturgo e roteirista Diones Camargo, foi escrita a partir da trágica história real, que ocorreu no Rio de Janeiro em 2014. Com 72 páginas, o livro traz também textos complementares escritos por quatro mulheres artistas - a dramaturga e roteirista Dione Carlos, a atriz e professora Celina Alcântara, a poeta e socióloga Neide Almeida e a encenadora e professora de dramaturgia Camila Bauer -, fotos de capa e contracapa de Regina Peduzzi Protskof e projeto gráfico de Henrique Lago. O lançamento será realizado neste sábado, das 16h às 19h, na Livraria Taverna, localizada no térreo da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736). 

Cláudia Silva Ferreira — mulher negra, pobre, 38 anos, auxiliar de limpeza em um hospital, mãe de quatro filhos biológicos e quatro adotivos — foi brutalmente alvejada pela Polícia Militar quando saía de casa no Morro da Congonha, no Rio, para comprar pão para sua família. Após os tiros, seu corpo foi atirado num camburão, tendo ficado parte dele para fora da viatura e arrastado, ainda com vida, sob o olhar horrorizado de pedestres e motoristas.

Vencedora do Prêmio Cenym de Teatro Brasileiro de Melhor Texto Original 2019, esta peçamanifesto entrelaça o caso verídico a uma narrativa ficcional, resgatando a figura trágica de Cláudia e a transportando ao centro da cena para reivindicar o que durante a cobertura jornalística do caso foi aos poucos sendo apagado: seu nome, elemento este que foi substituído 
pela cruel alcunha de “mulher arrastada”. “A mulher arrastada coloca em cena o que não é visto, nem ouvido, mas está aqui. É dramaturgia com poder de síntese e capacidade poética instaurada. É preciso ler e reler. Por isso, boa leitura, ou melhor, boa escuta a quem estiver de posse deste livro. Que bons ventos nos guiem", declara a dramaturga, roteirista e atriz Dione Carlos. 


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