Acordeonista Alejandro Brittes lança "(L)este"
O disco transita entre chamamé e música antiga barroca
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O acordeonista, compositor, pesquisador e intérprete Alejandro Brittes lança seu nono álbum "(L)este", disponível nas plataformas digitais. O trabalho, premiado pelo Açorianos de Música 2022, é um crossover entre o ritmo chamamé e a música antiga barroca - projeto inédito, o primeiro gravado neste estilo, em que o Chamamé dialoga com sua origem erudita.
O disco físico poderá ser adquirido diretamente com o artista no site www.alejandrobrittes.com
"(L)este" é resultado de uma pesquisa antropológica e musical sobre o Chamamé feita por Brittes e lançado em livro em 2021, juntamente à historiadora e produtora cultural Magali de Rossi. O álbum retrata os primórdios do Chamamé e do paradigma cultural estabelecido a partir do encontro entre os guaranis e a música antiga barroca, introduzida nos 30 povos missioneiros pelos padres jesuítas no período colonial sul americano e que foram às bases iniciais que gestaram o ritmo.
Açorianos de Música 2022
O álbum ganhou o Açorianos 2022 na categoria melhor arranjo para a música " Vientos del Este" . O d foi indicado em quatro categorias: Melhor álbum instrumental, melhor compositor, melhor instrumentista com Giovani dos Santos, violista do álbum e melhor arranjo na categoria geral.
(L)este
Composto por oito faixas, o álbum foi gravado ao vivo e busca representar a estética sonora de uma igreja missioneira. Toda a ambiência possui o propósito de conectar a uma caverna onde o homem primitivo começou a fazer música. A orquestração é composta por uma orquestra de câmara barroca, com instrumentos de época como cravo, oboé, viola da gamba, violoncelo, primeiro e segundo violino, além dos instrumentos musicais populares do Chamamé como violão de sete cordas, contrabaixo e acordeão e a incorporação de percussão.
Entre os músicos que participam do projeto, estão especialistas reconhecidos em seus naipes, como Diego Schuck Biasibetti, no violoncelo e viola da gamba; Javier Baldinder, no Oboé; e Giovani dos Santos e Marcio Cecconello, nos violinos, além de Fernando Cordella, ao cravo.
A orquestração popular chamamecera fica a cargo de André Ely, no Violão de sete cordas; Carlos Eduardo de Césaro, no Contrabaixo; Ricardo Arenhaldt, com a percussão; e Alejandro Brittes, no acordeón.
Além das composições autorais de Brittes, o álbum conta com duas sonatas barrocas compostas no século 17 pelo Padre Jesuíta Domenico Zipoli, e a última faixa, “Rio acima”, criada pelo violonista André Ely. Nas músicas “Amanece”, “Gotas de verano” e “Vientos del Este”, Brittes compartilha a autoria com o acordeonista Odair Teixeira. Já “Caiboaté”, é compartilhada com André Ely, bem como o tema “El viento y las hojas”, que também tem autoria de Lucas da Rocha.
Veja webdoc sobre o projeto: