Alegria e emoção marcam a primeira noite de desfiles no Porto Seco

Alegria e emoção marcam a primeira noite de desfiles no Porto Seco

Cinco escolas desfilaram nessa noite em Porto Alegre

Wagner Machado e Renato Araújo / Correio do Povo

O tema foi a União Nacional dos Estudantes (UNE)

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Na primeira noite do Grupo Especial do Carnaval de Porto Alegre, cinco escolas de samba do Grupo Especial desfilaram na Passarela Carlos Alberto Barcellos, o Roxo. A emoção e alegria tomaram conta do Complexo Cultural Porto Seco. Os desfiles foram abertos com a apresentação de duas entidades convidadas: a Mocidade Independente da Lomba do Pinheiro, que já participou do Grupo Especial, e a novata Escola de Samba da Glória.

Dando início à disputa do Especial, a Imperatriz Dona Leopoldina teve a emoção como característica. A escola precisa superar o trauma vivido há sete dias, quando um acidente vitimou quatro integrantes, com a morte da vice-presidente do Conselho, Odila Fernandes da Silva. A filha dela, Helena Fernandes, que é madrinha da bateria da escola, passou chorando o tempo todo. "Desfilar é a grande homenagem que posso dedicar a essa mulher que foi o meu norte", disse Heleninha, como é chamada pelos ritmistas. A Imperatriz conseguiu levar totalidade das alas e das alegorias. O tema foi a União Nacional dos Estudantes (UNE). Muitos políticos e pessoas ligadas ao movimento estudantil, como o vice-governador do Estado, Beto Grill e a deputada federal Manuela D'Ávila, figuraram na Imperatriz.

A Unidos de Vila Isabel contou a história de Viamão, sua cidade, também fazendo um desfile técnico. As alegorias e as fantasias ilustravam a lenda de Ibi Amon, que originou a cidade. Nos quatro carros alegóricos, os componentes fizeram encenações. Na segunda alegoria, que representava a Igreja de Viamão, o padre Rogério Flores, da paróquia local, participou do desfile.

A União da Vila do IAPI foi primeira a empolgar o público. A escola chamou a atenção logo no início, com o carro abre-alas todo em branco e prata e de grandes dimensões. A firmeza da bateria também foi um ponto importante na apresentação. A escola se propôs a falar sobre água e o tema acabou sendo bem contado na avenida.


  União da Vila do IAPI foi primeira a empolgar o público | Foto: Pedro Revillion


Penúltima entidade a desfilar na passarela Carlos Alberto Roxo, 1,6 mil integrantes da Acadêmicos de Gravataí através do enredo “A onça negra samba e canta Passo Fundo”, contaram a história da cidade do Norte do Estado. Com uma apresentação coesa que agradou a plateia, carros alegóricos fizeram referência a colonização, arquitetura e lendas do
município, alas lembraram o cantor Teixeirinha e a Jornada da Literatura e deixaram a entidade com sensação de dever cumprido.

Com a participação do prefeito da Capital, José Fortunati, cantando “Dos cerros do solo gaúcho nasce a Rainha da Fronteira. Bagé, um salto para o futuro”, mesmo com problemas de direção em dois carros alegóricos, a Bambas da Orgia superou a dificuldade com a ajuda da torcida que impulsionou a escola para fechar a primeira noite de apresentações no Porto Seco. Aliada à originalidade da Comissão de Frente, a bateria, ponto forte e tradicional da agremiação, empolgou com coreografias e paradinhas, que levaram o público ao delírio.



 Na primeira noite do Grupo Especial do Carnaval de Porto Alegre, cinco escolas de samba desfilaram no Porto Seco | Foto: Pedro Revillion

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