Amor, trovão e risos no novo Thor

Amor, trovão e risos no novo Thor

Filme de Taika Waititi reúne Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tessa Thompson, Christian Bale e Russel Crowe

Marcos Santuario

Filme de Taika Waititi reúne Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tessa Thompson, Christian Bale e Russel Crowe

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Não espere uma performance mítica do “deus do trovão” em “Thor: Amor e Trovão”, que estreia hoje nas telas de cinema. Nesta nova aventura da Marvel Studios, Thor embarca em uma jornada diferente de tudo que já viveu. O resultado é forte pitada de comédia misturada com espécie de busca de autoconhecimento. O filme começa apresentando aquele que será o vilão de toda a história. O tal assassino galáctico conhecido como Gorr, o “carniceiro”, que deseja a extinção dos deuses. Aliás, por trás de toda maquiagem e dos efeitos especiais do representante do mal está um Christian Bale vigoroso e potente. Já o veterano do MCU, Chris Hemsworth, mais uma vez interpretando Thor, musculoso e engraçado, sendo referência para desmitificar a figura olimpiana, é quem precisa estar à frente da luta contra Gorr.

O próprio Hemsworth, ao analisar a imagem da personagem em “Vingadores: Ultimato” a classifica como “versão bem confusa e perdida de Thor”. Pode-se concordar com o ator, observando também que a personagem está melhor no final do filme do que no começo, “mas ainda não sabe quem ele é ou qual é o seu lugar no universo”. 

Esse parece ter sido o mote para a nova etapa de vida do deus do trovão, “que precisa procurar e tirar algum tempo para si mesmo.” Agora, em “Thor: Amor e Trovão”, para combater a ameaça que surge, ele pede a ajuda da “Rei Valquíria”, na pele de Tessa Thompson; de Korg, interpretado pelo próprio diretor do filme, o neozelandês Taika Waititi; e da ex-namorada Jane Foster, que ganha vida com o talento e a graça de Natalie Portman. Para os amantes de ação e aventura tem luta, raios, trovões e alguns enfrentamentos. Os desejosos de comédia e romance também têm seu momento de felicidade. Cenas hilárias vão do começo ao fim da trama, tornando impossível não perceber uma humanidade latente na figura mitológica de Thor. Não é por nada que surge a sua ex-namorada, humana e frágil, mas que ganha força ao empunhar o martelo mágico do deus do trovão, o Mjolnir. Com isso ela se torna a Poderosa Thor, ao mesmo tempo em que, humanamente, luta contra uma doença que vai sugando suas forças e comprometendo sua sobrevivência.

Durante as quase duas horas de filme Taika Waititi parece ter decidido apostar nos elementos que transformam Thor em um ser que une a complexidade e a simplicidade no mesmo corpo. Ele que já foi um príncipe arrogante e impulsivo banido de Asgard por seu pai Odin. Agora acaba enfrentando o próprio Zeus, apresentado como figura hilária na trama, vivida por um Russel Crowe bonachão, gozador e obeso. O momento do confronto entre os dois tem até cena picante com um Thor despido frente ao poderoso Zeus.

Desde que teve que sair de Asgard, Thor começou a experimentar um tremendo crescimento e perda. Foi assombrado pela crença de que “qualquer pessoa que ele ama encontrará a morte certa”. E neste novo episódio de sua saga, esta máxima está mais do que presente, novamente. Em resumo, o retorno à ação flerta mais com a comédia escrachada de piadas previsíveis do que com a reflexiva performance de um ser mitológico com poderes de super-herói. 


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