Angra faz show em Porto Alegre neste domingo

Então vamos para mais um show do Angra em Porto Alegre. Já perdi as contas de quantas vezes assisti às apresentações de uma das principais bandas brasileiras de power metal, se não a principal, surgida em 1991. Ainda em março de 2023, houve o Angra Fest no Auditório Araújo Viana, quando o grupo tocou ao lado do Viper e do Matanza. E neste domingo, o Angra retorna a Porto Alegre para tocar no Opinião (José do Patrocínio, 834), mostrando o seu novo trabalho de estúdio, “Cycles of Pain”, o décimo da carreira, com 12 faixas que trazem referências de toda a obra mostrada nestes mais de 30 anos de estrada.

*Por conta de problemas na aeronave em que o Angra vinha desde Joinville, a banda precisará pegar um outro voo - com escala em Campinas - e vai chegar em Porto Alegre somente às 19h. Em razão disso, foi necessária uma readequação em todos os horários previstos para hoje. Show de abertura com Toffoli, às 21h30min, e da Angra, às 22h40. Ingressos aqui. 

O “Cycles of Pain” chegou às lojas e às plataformas digitais no começo de novembro. A união do peso do metal com influências da música brasileira orgânica e da sofisticação erudita criou uma identidade única. Nesse sentido, o disco acentua o trabalho do Angra, apresentando referências de toda sua obra ao mesmo tempo que navega sob as marés da mudança. O trabalho está sendo impulsionado por dois singles, “Riders of the Storm” e “Tides of Changes – Part II”, que mostram que o power metal progressivo do quinteto segue poderoso. A produção do disco foi do alemão Dennis Ward.

O guitarrista, compositor e membro fundador Rafael Bittencourt, afirmou que “’Cycle of Pain’ é um marco na nossa trajetória”. “É uma renovação do estilo power metal progressivo”, destacou. “Este novo álbum é um registro muito especial para nós por várias razões. Primeiramente, muito se passou desde nosso último lançamento, em 2018. Nos últimos cinco anos, vivemos muitas dores, tanto pessoais e coletivas, juntamente com desafios, frustrações, glórias e sucesso, numa montanha russa de emoções que viraram um caldeirão gigante de assuntos e inspirações”, destacou Rafael. “Portanto, esse é um álbum denso, de vivências e dores acumuladas”, completou o guitarrista. O baixista Felipe Andreoli adicionou: “O álbum traz diversas perspectivas sobre a dor humana e os ciclos que a envolvem. O registro nos lembra que, embora seja inevitável, ela também é arte integrante do crescimento e do aprendizado”. 

No show deste domingo, o Angra promete mostrar faixas do novo álbum com clássicos destas três décadas de carreira. Além das já citadas “Riders of the Storm”, “Tides of Changes – Part II”, devem aparecer ainda do novo álbum músicas como “Cycles of Pain”, “Here In The Now”, “Vida Seca”. Claro que não faltarão “Nothing to Say”, que deve abrir o espetáculo, “Angels Cry”, “Rebirth”, “Nova Era” e “Carry On”. Particularmente espero que a balada “Lisbon”, do disco “Fireworks” (1998) entre no set list neste domingo, dia 19.

Nestes 32 anos de vida, o Angra contou com várias formações, teve como frontman nos primeiros anos o saudoso Andre Matos (1971-2019), vendeu mais de 3 milhões de discos, tem cerca de meio milhão de ouvintes no Spotify e quase 50 milhões de visualizações no YouTube. A atual formação está junta há oito anos, e conta com os guitarristas Rafael Bittencourt e Marcelo Barbosa, o baixista Felipe Andreoli, o baterista Bruno Valverde e o veterano vocalista italiano Fabio Lione, que já participou de bandas como Labyrinth, Athena, Vision Divine e Rhapsody of Fire e que no momento também se divide cantando no Eternal Idol.