Antônio Pitanga recebe Troféu Cidade de Gramado

Antônio Pitanga recebe Troféu Cidade de Gramado

Ator de 78 anos foi aplaudido de pé no Palácio dos Festivais na noite desta quarta

Adriana Androvandi e Halder Ramos

Antônio Pitanga recebeu Troféu Cidade de Gramado

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O ator Antônio Pitanga, 78 anos, recebeu, na noite de quarta-feira, o Troféu Cidade de Gramado, no Palácio dos Festivais. Aplaudido de pé, ele se emocionou ao receber a estatueta. O homenageado chamou a filha, Camila Pitanga, junto ao palco. "Ele representa uma geração que resistiu a tempos difíceis e serve, no momento atual do país, como um farol. É tempo de dar as mãos e reconstruir, juntos, o Brasil", disse Camila. "A história do cinema brasileiro se funde à história de Gramado, por isso ganhar esse prêmio mexeu com meu coração", declarou o homenageado.

Em entrevista coletiva no Museu do Festival de Cinema, Pitanga contou bastidores da sua cinebiografia, assinada pelo diretor Beto Brant e pela filha, Camila Pitanga, e que foi exibida durante a tarde - fora de competição - na telona do evento. "O documentário levanta uma bandeira genuinamente brasileira e isso me emociona”, descreve.

Para Pitanga, voltar ao Festival de Gramado para receber a homenagem marca sua trajetória pela importância do evento para o cinema brasileiro. “Gramado tem um potencial e uma consciência política e cultural. Na nossa geração cinematográfica, a cidade foi de suma importância. Vivemos tempos difíceis, mas tínhamos certeza absoluta de que Gramado fazia voz e ouvidos para nos receber. Esse festival tem importância histórica na formação da juventude cinematográfica brasileira", frisa.

Em mais de 60 anos de carreira, o ator soma participações em mais de 70 filmes. Pitanga foi um dos ícones do Cinema Novo, não apenas pela parceria com Glauber Rocha, mas por suas participações em clássicos do movimento como “O Pagador de Promessas” (1962), de Anselmo Duarte, e em produções dos diretores Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e Walter Lima Jr. O convívio inspirou no ator o desejo de também dirigir, que se concretizou em 1978 com “Na Boca do Mundo”. Na televisão, foram quase 40 produções, em cinco emissoras nacionais. No teatro, participou da primeira montagem da peça “Após a Chuva” (2007/2008), entre outros trabalhos.

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