Anunciados os vencedores do Prêmio ARL 120 Anos

Anunciados os vencedores do Prêmio ARL 120 Anos

Prêmio da Academia Rio-Grandense de Letras foi para José Falero, Denise Freitas, Tônio Caetano, Celso Gutfreind, Susana Vernieri e Camilo Mattar Raabe

José Falero recebeu o troféu Alcides Maya - Narrativa Longa pelo romance "Os Supridores"

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Os vencedores do Prêmio Academia Rio-Grandense de Letras 120 Anos foram conhecidos na noite desta quinta-feira, em cerimônia em formato on-line: José Falero, com "Os supridores" (troféu Alcides Maya - Narrativa Longa); Tônio Caetano, com Sobre o fundo azul da infância (troféu Simões Lopes Neto - Narrativa Curta);  Celso Gutfreind, com "A menina que morava no sino" (troféu Carlos Urbim - Literatura para a Infância);  Denise Freitas, com "O gesto  sensível do mundo (troféu Alceu Wamosy - Poesia);   Camilo Mattar Raabe, com "Nos domínios de Terceira vigília: criação literária e edição  crítico-genética de romance inédito de Dyonélio Machado" (troféu Dyonélio Machado - Dissertação ou Tese Acadêmica) e Susana Vernieri, com "O mapa da República" (troféu Apolinário  Porto Alegre - Categoria de Crônica). 

"Venho de um lugar, da periferia, onde a gente tem consciência de que a vitória de uma pessoa como eu é uma vitória coletiva, de uma pá de gente, uma vitória de uma comunidade, de uma nação", disse Falero. Caetano completou que seu livro "começou muito tempo antes, na minha infância, com meus irmãos correndo pelas ruas na Vila Vargas, até a oportunidade de publicar".

Denise Freitas, professora da rede pública, denunciou os ataques sofridos pela cultura e educação locais e no país. "Bibliotecas, que deveriam ter excelência, são lugares via de regra abandonados e recebem poucos recursos para aquisição de livros". "É difícil os estudos ultrapassarem as fronteiras da academia", disse Mattar Raabe. Gutfrein agradeceu à Academia por acolher o livro e disse ter "uma emoção dobrada pelo troféu ter o nome de um querido amigo, de quem tenho muita saudade e aprendi muito", referindo-se a Urbim. "Só a literatura salva", finalizou Susana. 

Os prêmios foram anunciados pelos acadêmicos Caio Riter, Airton Ortiz, Marô Barbieri, Waldomiro Manfroi, Maria da Glória de Oliveira e Rafael Bán Jacobsen, presidente da ARL. "Os jurados tiveram que trabalhar muito para fazer a seleção dos nomes, tinham muita qualidade, e é sempre muito bom estar aqui para celebrar a literatura", afirmou Bán Jacobsen, dizendo que a Academia está de portas abertas à sociedade.

A escritora Lya Luft foi homenageada, agraciada pelos acadêmicos com o Troféu Escritora do Ano.  Foram lidos trechos da obra da escritora pelo escritor José Alberto Wenzel, que enviou uma mensagem agradecendo: "De um leito do hospital é difícil acreditar em uma homenagem com essa".

Nas edições passadas os autores homenageados foram Luis Fernando Verissimo, Armindo Trevisan, Maria Carpi e Tabajara Ruas. Os jurados acadêmicos de 2021 foram Rafael Bán Jacobsen, Waldomiro Manfroi, Jane Tutikian, Luiz Osvaldo Leite, Caio Riter e Marô Barbieri; e, convidados, Vera Teixeira Aguiar, Eliana Inge Pritsch, Fernando Machado Brum e Cristine Lima Zancani.

A Academia recebeu mais de cem inscrições para a quinta edição do concurso literário anual. Ao todo foram 154 obras inscritas para a escolha dos finalistas. Foram 29 inscritos para o prêmio de melhor livro de narrativa ficcional curta (conto ou miniconto) e 45 para narrativa longa. Para concorrer a melhor livro de literatura para a infância foram 28 interessados e, para poesia, 38. A categoria melhor tese ou dissertação sobre literatura gaúcha recebeu 4 inscrições. E 10 inscritos para concorrer a de melhor livro de crônicas.

A ARL, fundada em 1901, é composta de 40 membros, eleitos por critérios de mérito literário e relevância na cena literária gaúcha. Sua sede preserva uma pinacoteca com obras doadas e uma biblioteca com livros de escritores do Estado, além de documentos de memória da instituição.


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