Arnold Schwarzenegger pede a Putin que pare a guerra na Ucrânia

Arnold Schwarzenegger pede a Putin que pare a guerra na Ucrânia

O ator e político austríaco-americano pediu nesta quinta-feira, dia 17, ao presidente russo, Vladimir Putin, que pare esta guerra 'sem sentido'

AFP

"A Ucrânia não começou esta guerra", disse o astro de "Exterminador do Futuro" e ex-governador da Califórnia em uma mensagem emocionada dirigida ao povo da Rússia e às tropas russas, no Twitter

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O ator e político austríaco-americano Arnold Schwarzenegger pediu nesta quinta-feira, dia 17, ao presidente russo, Vladimir Putin, que pare a guerra "sem sentido" na Ucrânia, em um vídeo no qual ele denuncia a "propaganda" do Kremlin e chama de "heróis" os russos que protestam contra o conflito.

"A Ucrânia não começou esta guerra", disse o astro de "Exterminador do Futuro" e ex-governador da Califórnia em uma mensagem emocionada dirigida ao povo da Rússia e às tropas russas, com legendas em russo e inglês.

"Estou falando com vocês hoje porque estão acontecendo coisas no mundo que estão sendo escondidas de você, coisas terríveis que vocês precisam saber", disse ele.

O vídeo de nove minutos foi difundido na conta do Twitter de Schwarzenegger, que tem 4,9 milhões de seguidores. No momento da publicação entre estes seguidores estava a conta oficial do presidente russo, @KremlinRussia_E.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, retuitou a mensagem de Schwarzenegger, que viralizou.

"Não só estamos presenciando um ataque brutal e violento dirigido pelo Kremlin contra o povo ucraniano, estamos presenciando uma guerra da verdade contra a tirania. Como explica Schwarzenegger, não culpamos o povo da Rússia e precisamos que saibam o que seu governo está escondendo dele", escreveu o secretário de Estado.

Ex-campeão de fisiculturismo nascido na Áustria, cujo filme "Red Heat" (Inferno Vermelho, 1988) foi o primeiro longa americano rodado na Praça Vermelha de Moscou, Schwarzenegger falou de sua afeição de longa data pelo povo russo e sua emoção em conhecer seu ídolo, o levantador de peso russo Yuri Vlasov, quando ele tinha 14 anos.

"A força e o coração do povo russo sempre me inspiraram", disse ele. "É por isso que espero que me deixem contar a verdade sobre a guerra na Ucrânia".

"Sei que seu governo tem lhes dito que esta é uma guerra para 'desnazificar' a Ucrânia", disse ele.

"Isso não é verdade. Aqueles que estão no poder no Kremlin começaram esta guerra. Esta não é a guerra do povo russo", disse ele.

"Meus novos heróis" 

Schwarzenegger disse que "o mundo se voltou contra a Rússia por causa de suas ações na Ucrânia: quarteirões inteiros foram arrasados por artilharia e bombas russas, incluindo um hospital infantil e uma maternidade".

"Por causa de sua brutalidade, a Rússia agora está isolada da sociedade das nações", observou.

Em um apelo sincero às tropas russas, Schwarzenegger lembrou os ferimentos que seu pai sofreu enquanto lutava com os nazistas na Rússia durante a Segunda Guerra Mundial.

"Ele ficou fisicamente e mentalmente destroçado e viveu o resto de sua vida com dor", disse ele.

"Para as tropas russas que estão ouvindo esta mensagem... não quero que elas sejam arrasadas como meu pai."

"Esta não é uma guerra para defender a Rússia como a que seus avós ou bisavós lutaram", disse ele. "Esta é uma guerra ilegal. Suas vidas, os membros de seus corpos, seus futuros foram sacrificados por uma guerra sem sentido condenada pelo mundo inteiro."

E dirigindo-se diretamente a Putin, Schwarzenegger disse: "Você começou esta guerra. Você está liderando esta guerra. Você pode parar esta guerra".

Ele encerrou a mensagem elogiando os russos que correm o risco de serem presos por protestarem contra a guerra. "O mundo viu sua bravura", ele disse a eles. "Vocês são meus novos heróis".

O porta-voz de Schwarzenegger, Daniel Ketchell, disse ao New York Times que o vídeo saiu "do coração de Arnold, não do governo".

O presidente americano, Joe Biden, chamou Putin de "criminoso de guerra" por sua "operação militar especial" na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro.

Desde então, a ONU documentou mais de 500 mortes de civis e mais de 1.000 feridos civis, além de mais de três milhões de refugiados.

 


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